Depois que a direção tomou conhecimento do que estava acontecendo, quatro dessas mulheres grávidas foram internadas no cantinho de relaxamento, que é um local para preparar o parto das grávidas e que só tem cadeiras. É uma situação muito desconfortável para a paciente — disse um médico, que pediu para não ser identificado.
De acordo com o médico, a Fernando Magalhães tem recebido grávidas de unidades municipais que são administradas pelas Organizações Sociais (OS). Segundo ele, essas unidades têm como meta contratual fazer apenas 30% dos partos cesarianas. Com isso, o atendimento no local é filtrado e casos considerados mais graves são transferidos para a Fernando Magalhães — que não é administrada por uma OS.
— Esse tipo de atendimento fere a dignidade da pessoa. Hoje, os leitos maternos infantis são insuficientes para atender a demanda, — critica o presidente do SinMed, Jorge Darze.
A direção do Hospital Maternidade Fernando Magalhães informa que a unidade recebeu na noite de quinta para sexta-feira (do dia 30 para 31) um número de parturientes acima da média para o curto período, com 10 internações. Em virtude da grande e repentina demanda, três puérperas com seus bebês e duas gestantes precisaram ser temporariamente acomodadas nas áreas de descanso da equipe e de relaxamento das parturientes.