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Novembro azul alerta para o controle do câncer de próstata

O Câncer de próstata continua como o tumor mais frequente no sexo masculino com mais de 62 mil novos casos estimados para 2018 pelo Instituto Nacional do Câncer/ Ministério da Saúde. Esse número corresponde a cerca de 30% de todos os tumores que ocorrem em homens. E ocupa o 2º lugar em mortalidade, perdendo apenas para o câncer de pulmão.

Segundo Ricardo Antunes, cirurgião oncológico e presidente da SBC- Sociedade Brasileira de Cancerologia, as causas do câncer da próstata permanecem desconhecidas e os fatores de risco não são passíveis de mudanças: idade, história familiar e a etnia. “A idade é um marcador de risco importante, à medida que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam exponencialmente após os 50 anos. Já pai ou irmão com antecedente de câncer antes dos 60 anos, aumenta o risco de 3 a 10 vezes”, alerta Antunes.

Importante é a detecção precoce da doença e o tratamento adequado como única opção de cura.

Outros fatores de risco estudados como a alimentação, excesso de álcool e tabagismo, embora com inúmeras publicações, mas ainda com estudos epidemiológicos inconsistentes.

De acordo com o presidente da SBC, há evidências científicas em relação a ingestão de carnes vermelhas e gorduras no aumento do risco para câncer de próstata. Por outro lado, o consumo de frutas, vegetais riscos em caroteno como tomate e cenoura e leguminosas como feijões, ervilha e soja possuem um efeito protetor.

A detecção precoce da doença é fundamental para aumentar as chances de cura, além de permitir um tratamento menos menos agressivo e mutilante. Ricardo Antunes alerta para o fato de que “a detecção precoce do câncer de próstata poderia reduzir os altos custos decorrentes do tratamento do câncer em estágios avançados ou da doença em estado avançado (metastática)”.

Porém, um dos maiores desafios para a detecção precoce deste câncer é a falta de conhecimento sobre sua história natural. “Até o momento não há evidências ou conhecimento suficiente que permita prever quais desses tumores pequenos evolirão para um câncer invasivo, de maior agressividade, que permite determinar seu prognóstico. “Para isso, aguardamos a efetividade de novos testes genéticos para a estratificação do risco”, revela o médico.

Toque retal e PSA – Diretrizes adotadas pela Sociedade Brasileira de Cancerologia e do American Cancer Society indicam a realização dos exames do toque retal e o exame de PSA para todos os homens a partir dos 50 anos anualmente. E a partir dos 45 anos quando há histórico familiar. Estes simples procedimentos, associados, podem garantir o diagnóstico precoce e afastar dois grandes fantasmas que aterrorizam os homens: a disfunção erétil e a incontinência urinária.
“O diagnóstico tardio com toda sua consequência física, emocional, familiar, social e econômica persiste como um desafio e grande número de casos ainda, infelizmente, chegam ao consultório em estágios avançados da doença”, alerta o presidente da SBC

Fonte: SBC

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