Nos últimos anos a classe médica vem sendo atingida com diversas mudanças políticas que comprometem o ensino, a carreira dos profissionais de saúde e a qualidade dos serviços oferecidos para a população. A preocupação com essas medidas fez com que o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM/MS) convocasse as futuras gerações para o debate.
O presidente do CRM/MS, Celso Rafael Gonçalves Codorniz, afirma que esta é hora dos médicos participarem ativamente da política para que o futuro não seja prejudicado. “Precisamos nos envolver ou o Governo decidirá por nós, e a assistência à saúde será prejudicada. Não podemos permitir esse crescimento desenfreado das escolas médicas, muitas vezes, sem que haja condições necessárias para a boa aprendizagem”.
Temas como o crescimento indiscriminado das escolas médicas, programa mais médicos, alteração na lei das residências foram abordados durante o fórum que teve como palestrantes a coordenadora geral das residências em saúde e secretária executiva da Comissão Nacional de Residências Médicas (CNRM), Rosana Leite de Melo e o Deputado Federal Luiz Henrique Mandetta.
A mesa de debates foi composta pelo presidente do CRM/MS, Celso Rafael Gonçalves Codorniz; a primeira secretária do CRM/MS e organizadora do evento, Luciene Lovatti; o diretor da Famed/UFMS, Wilson Ayach; o professor de Medicina da Uniderp, André Domingos, no ato representando a coordenadora do curso de Medicina da Uniderp Lucyleia Pompeu Muller Braga; a presidente da Associação dos Estudantes de Medicina de MS (AEMED/MS) e diretora cultural da AEMED/BR, Caroline Pereira Martins, e os palestrantes Rosana Melo e Luiz Henrique Mandetta.
Durante sua explanação, Rosana Leite frisou que a legislação precisa ser revisada. “Estamos em um momento que precisamos pensar em conjunto: Como estamos formando nossos alunos? Para que estamos formando? A quantidade é igual a qualidade? E ressaltou que defende a formação por competência.
Mandetta declarou que a Medicina vem sofrendo ataques a sua integridade e que a categoria precisa de politização para que não seja atropelada pelo Governo, “devemos lutar por uma medicina de qualidade, para condições adequadas de ensino e de trabalho e pelo bem estar da população”.
O segundo fórum Futuro da Medicina aconteceu na noite desta segunda-feira (11) na sede do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande/MS.
Ariadne Carvalho – Abaetê Comunicação