Mais de 200 acadêmicos de medicina de Mato Grosso do Sul participaram, nos dias 18 e 19 de junho, em Campo Grande, da 2ª Jornada de Especialidades Médicas, realizada pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS), com a parceria do Sindicato dos Médicos (SinMed), Associação Médica (AMMS) e dos Centros Acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e da Uniderp/Anhanguera. Os estudantes puderam conhecer mais sobre as atribuições das entidades que representam os médicos no Estado e como é o cotidiano dos profissionais das diversas especialidades médicas. Segundo o presidente do CRM-MS, Juberty Antônio de Souza, o evento contribuiu para que os acadêmicos possam escolher melhor a especialidade em que atuarão. Juberty defendeu, durante a abertura do evento, no dia 18, a atuação conjunta das entidades médicas, reiterando que têm a mesma finalidade: “Defender a boa prática médica e lutar por melhores salários e por um plano de cargos e carreira são objetivos de todos nós”, disse. Ele comparou o exercício da medicina ao Judiciário, que dispõe de infraestrutura adequada, plano de carreira regulamentado e incentivos para a interiorização. A fixação de médicos no interior dos estados é cada vez mais difícil, pois não há atrativos profissionais nem condições adequadas ao atendimento. Os representantes da AMMS, Fábio dos Santos Magalhães, e do SinMed, Neudes Ribeiro Cardoso, detalharam a atuação das entidades em Mato Grosso do Sul. Magalhães enfatizou a importância da participação dos novos profissionais. “O médico precisa estar inserido nas ações das entidades; esta participação é fundamental, até para que se possa exigir resultados depois”, explicou. O vice-presidente do CRM-MS, Luís Henrique Mascarenhas Moreira, falou sobre a revalidação dos diplomas estrangeiros. Já o conselheiro e vice-presidente do CRM-MS, Antonio Carlos Bilo, detalhou a missão do Conselho e o trâmite de denúncias. Defendeu também a conscientização da população. “Muitas vezes, somos vistos pelos médicos como punitivos e pela sociedade como corporativistas, mas não somos nem uma coisa nem outra”, disse. “O principal objetivo do Conselho de Medicina é proporcionar à população a boa prática médica e, nesse sentido, aqueles que cometem infrações ao Código de Ética Médica acabam respondendo pelos seus atos”, complementou. Ética e Humanismo A primeira secretária do CRM-MS, Luciana Reis Vaz de Moura Covre, ministrou a palestra “Ética e Humanismo”. Defendeu três valores primordiais na medicina: capacitação profissional, educação médica continuada e progresso moral (o exercício das virtudes). Para Luciana, o médico, embora zeloso, não deve ter o “sentimento de propriedade” em relação aos pacientes. “Nós não somos donos do paciente, não existe isso de ‘meu’ paciente”, disse. Para a conselheira, a difícil situação verificada hoje nos hospitais do Estado é reflexo das escolhas de todos nós, inclusive dos gestores que administram as redes de saúde, tanto pública quanto particular. Luciana lembrou ainda que a profissão do médico é valorosa, mas exigente. “Ser médico é sofrido e belo, difícil e necessário; é, enfim, uma tarefa para seres humanos especiais”, disse, parafraseando o médico Edson de Oliveira Andrade, ex-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM). Especialidades No segundo dia da Jornada, os acadêmicos puderam conhecer mais sobre as especialidades médicas e tirar suas dúvidas. Gil Pacífico Tognini falou sobre a atuação do ginecologista e obstetra. Alberto Cubel Brull Júnior, sobre a pediatria, e Celso Rafael Gonçalves Codorniz, sobre a atuação do clínico. Heitor Soares de Souza explicou como é o trabalho do cirurgião. O presidente do CRM-MS, Juberty Antônio de Souza, ministrou palestra sobre a carreira médica. Já o tema “trabalho médico” foi abordado por Luiz Alberto Ovando. Anamaria Melo Miranda Paniago falou sobre a pesquisa aplicada à medicina. Após as explanações, os acadêmicos puderam saber mais sobre os “Vínculos com os diferentes órgãos”, durante palestra da médica Yvone Maria de Barros Weber Prieto; e sobre a filosofia e o estágio atual do Sistema Único de Saúde (SUS). (fonte: CRM-MS – 23.06.10)

Youtube Instagram Facebook
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.