Milena Crestani O governador André Puccinelli (PMDB) culpou as prefeituras de cidades do interior do Estado e a má gestão em alguns hospitais pelo caos na Saúde Pública em Mato Grosso do Sul. Durante a semana, o Ministério Público Estadual (MPE) constatou a falta de vagas nos três principais hospitais da Capital (Hospital Universitário, Hospital Regional e Santa Casa). André disse que as prefeituras de cidades do Interior precisam investir mais no aparelhamento dos hospitais ao invés de promover a “transportoterapia”, ou seja, apenas comprar ambulâncias para transportar os pacientes para receber atendimento nos hospitais de Campo Grande. “O governo está fazendo além do possível para aumentar os investimentos na saúde. O que falta é as prefeituras colaborarem e investirem em especialistas e equipamentos para atender os pacientes na própria cidade”, afirma o governador. Ele acredita que o problema não está relacionado à Central Estadual de Regulação de Vagas, mas sim, à capacidade e competência de cada prefeito em realizar os investimentos no município para melhorar o atendimento à Saúde. Sindicato O presidente do Sindicato dos Médicos, de “Mato Grosso’ do Sul, João Batista Botelho, encaminhou nesta semana um ofício ao governador cobrando providências para solucionar os problemas de superlotação nos hospitais. André disse que ainda não recebeu o documento. Botelho reclamou das condições dos hospitais e afirmou que os médicos estavam estudando ingressar com uma ação civil pública contra o governo estadual, e algumas prefeituras do Interior exigindo medidas para resolver o problema da falta de vagas. O governador adiantou que a posição do presidente do sindicato não reflete a opinião dos outros médicos. “É uma posição pessoal. Ele (João Batista) não está falando por todos os médicos. Os outros têm uma opinião diferente”, garante André. O Conselho Regional de Medicina (CRM) de Mato Grosso do Sul também deverá ingressar junto com a ação, cobrando providências. As entidades afirmaram que esperam um posicionamento do governo estadual até segunda-feira (28) sobre as providências na área da Saúde. Gestão Além dos problemas nas prefeituras de cidades do Interior o governador acredita que possa estar ocorrendo má gestão em alguns hospitais de Campo Grande, quanto ao número de leitos disponíveis. “A Santa Casa está atendendo com 650 leitos. Lembro da época que tinha 900 leitos ativos”, afirma André. André. Ele acredita que este possa ser um dos fatores que estão influenciado a superlotação e pacientes nos corredores do pronto-socorro do hospital. Dos três hospitais visitados pela promotora de Justiça da Cidadania, Sara Francisco da Silva, o Hospital Regional (HR) foi o que apresentou os menores problemas de superlotação. Neste caso, André atribuiu a diferença aos investimentos para melhorar o trabalho na unidade. Desde o começo do ano, o HR está contando com a consultoria da Universidade Federal – de São Paulo (Unifesp) e realizou mudanças para dar mais rapidez ao atendimento. “Muitos hospitais enfrentam problemas gerenciais e falta de recursos do governo federal”, Justifica André. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 26.07.2008)

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