Daniela Rocha A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu novas ações para combater a proliferação da micobactéria por crescimento rápido (MCR). Entre as medidas está a obrigatoriedade de as instituições de saúde de notificar casos da doença e a formação de uma comissão que visitará todos os Estados onde foram registrados pacientes com a micobactéria. De acordo com o levantamento mais atualizado da Anvisa, são computados 2.025 casos de infecção entre 2001 e 2008, sendo que 153 estão sob investigação. As ocorrências foram registradas em 14 Estados, com 969 casos no Rio de Janeiro; 314 no Pará e 260 no Espírito Santo. CASOS NO ESTADO Em Mato Grosso do Sul, oito casos foram registrados em 2006, mas como as investigações foram finalizadas em 2007 eles apareceram no levantamento como casos deste ano. Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária Estadual, Cláudia Hoffmann, as infecções ocorridas no Estado foram em Campo Grande. Este ano, um caso foi notificado, mas Cláudia afirma que não foi confirmado como sendo uma infecção por micobactéria. “O caso foi notificado porque o paciente precisou ser tratado com o medicamento para esse tipo de infecção, mas o laboratório já .confirmou que não foi a micobactéría”, destaca. A Vigilância reuniu-se esta semana para discutir a nota técnica enviada pela Anvisa falando sobre o surto de micobactéria no Brasil. A coordenadora ressalta que, serão mantidas as atividades que estavam programadas pela Vigilância. “Desde o final do ano passado estamos realizando atividades de orientação aos hospitais e clínicas. A programação será mantida. Durante toda a semana que vem, haverá uma capacitação para profissionais para vários hospitais de Mato Grosso do Sul”, informou. O evento será no auditório da Governadoria e deve reunir 40 profissionais. AÇÕES A comissão da Anvisa que visitará todos os Estados onde ocorreram as infecções será organizada a partir da semana que vem. Segundo a assessoria de imprensa da agência, ainda não há um calendário de visitas formulado, mas os Estados com maior número de casos devem ser vistoriados primeiro. Além da formação dessa comissão, a Anvisa encomendou à Fundacão Ezequiel Dias (Funed) laboratório de saúde pública de Minas Gerais – um estudo que identifique a eficácia do glutaraldeído (substância usada para esterilizar aparelhos médicos) na eliminação das micobactérias do tipo massiliense e abscesus. No site da Anvisa (www.anvisa.gov.br) é possível acessar conteúdo específico sobre o assunto. Pela internet, os hospitais e clínicas do País poderão preencher um formulário para fazer a notificação de casos da doença. De acordo com a assessoria de imprensa da agência, a informação da doença já é compulsória (obrigatória), mas pelo nome da enfermidade não estar especificado na Portaria n.° 05 da Secretaria Nacional de” Vigilância em Saúde, muitas instituições não fazem a notificação. Nessa portaria estão especificadas as doenças que têm notificação compulsória. O artigo 2° da instrução informa ainda que os agravos considerados inusitados também devem ser notificados, mesmo que não estejam na lista. Nessa situação é que se encaixa a micobactéria, mas para não haver dúvidas a Anvisa está preparando uma publicação para que seja inserida a doença na listagem. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 16.08.08)

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