Os médicos que trabalham nos hospitais federais manterão a greve, iniciada em 10 de fevereiro. Entre as estratégicas de ação da categoria está prevista a paralisação total do atendimento na rede pública de saúde, e também a realização de assembleias e visitas nas unidades de saúde e manifestações, como a distribuição de carta à população e debates com os pacientes na sala de espera, explicando os motivos da paralisação. A decisão foi tomada depois da assembleia realizada nesta terça-feira (18), no Hospital Federal da Lagoa.

    O pacote de mobilização visa pressionar o Governo Federal a retomar o pagamento à categoria da Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho (GDPST), suspensa pela MP 568/12. A medida afeta diretamente 50 mil médicos, servidores do Ministério da Saúde, e representa redução de R$ 1,3 mil nos contra-cheques.

    “O fim da gratificação é uma tremenda discriminação dos médicos em relação aos outros profissionais. Nós vamos manifestar nas portas dos hospitais. Vamos conversar com os pacientes na sala de espera e explicar quem são os responsáveis pelo caos na saúde pública. A greve é um dos instrumentos de luta que está dentro da nossa agenda”, declarou o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SinMed/RJ), Estado que concentra o maior número de médicos federais.

     Segundo o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Geraldo Ferreira, que engrossa o movimento na capital fluminense, que apesar dos esforços da Fenam e do SinMed/RJ na tentativa de negociação com a presidenta da República, Dilma Rousseff, membros dos ministérios do Planejamento e da Saúde, além de líderes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, não houve avanços no pleito dos médicos.

     “A situação dos médicos federais se arrasta desde 2012. Nós estivemos pelo menos seis vezes em audiências públicas. Nós sabemos que qualquer avanço ou conquista para recuperação financeira só virá após pressão. Há uma agenda com paralisação de 24 horas ou 48 horas, que pode chegar até uma greve geral e suspensão dos serviços”, alertou o presidente da Fenam.

     A ação conta com o apoio do comitê de crise Fenam, que permanece na capital fluminense até a sexta-feira (21), com a realização e participação nas agendas de mobilização e visitas às unidades hospitalares. O comitê é formado pelo presidente da Fenam, o secretário de Direitos Humanos da Fenam, José Murisset; o secretário de Saúde Suplementar da Fenam, Márcio Bichara e o diretor Financeiro da Fenam, Mário Ferrari. A Fenam reúne 53 sindicatos médicos no Brasil todo e representa 400 mil médicos.
Confira abaixo a agenda de assembleias e mobilizações:

18/03: às 10h30, Hospital Federal da Lagoa
19/03: às 8h, no Instituto Nacional de Cardiologia
19/03: às 10h, no Hospital Federal do Andaraí
20/03: às 10h, audiência pública na Assembleia Legislativa
20/03: às 12h, no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into)
20/03: às 15h, audiência pública com o presidente da Câmara de Vereadores

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