Profissionais da saúde e acadêmicos se reuniram na quinta-feira (10/04), na praça Ary Coelho, em Campo Grande, em um ato pela valorização do Sistema Único de Saúde (SUS) e do trabalho médico. Durante toda a manhã foram oferecidos diversos serviços à população, como aferição da pressão arterial, orientações sobre saúde saudável, tabagismo, hipertensão, entre outros assuntos, além de cadastramento para doação de medula óssea e de sangue. “Viemos conversar e conscientizar a população, falando um pouco sobre a realidade da saúde em nosso País”, afirmou o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM/MS), Sérgio Renato de Almeida Couto. Segundo ele, a descapitalização do SUS e a inexistência de um Plano de Cargos e Salários para os médicos estão entre os principais problemas enfrentados atualmente pela categoria. “O SUS está agonizando e, enquanto isso, médicos recebem R$ 2,50 por consulta e cerca de R$ 50,00 por cirurgia, o que é aviltante”, destacou. Couto lembrou que mais de 90% dos 3,5 mil médicos que atuam em Mato Grosso do Sul atendem pelo Sistema Único de Saúde, sem qualquer garantia trabalhista. O ato na praça Ary Coelho contou com a participação de profissionais de diversas especialidades médicas e de dirigentes do CRM/MS, do Sindicato dos Médicos do Estado (SinMed-MS) e da Associação Médica de Mato Grosso do Sul (AMMS). “Este ato demonstra a união das entidades médicas do Estado em prol da saúde”, afirmou o presidente do SinMed-MS, João Batista Botelho. “É uma forma de orientarmos a população sobre as precárias condições de trabalho e os salários aviltantes, bem como reinvindicar mais atenção dos governantes para a saúde”, defendeu a presidente da AMMS, Eliana Patrícia S. Maldonado Pires. Reinvindicações A mobilização acontece simulteamente nos demais estados do País e faz parte do movimento “A Medicina do Brasil Exige Respeito”, iniciado em novembro de 2007. Na próxima quinta-feira (17/04), dirigentes de entidades médicas participarão de uma mobilização nacional, em Brasília. “Vamos entregar ao presidente Lula uma carta de reivindicações e de sugestões”, afirmou o presidente do CRM/MS. Entre elas estão aquisição de equipamentos e materiais de trabalho, valorização da carreira médica, formulação de um Plano de Cargos e Salários Nacional, remuneração adequada aos profissionais e a regulamentação da Emenda Constitucional 29, ainda não aprovada no Congresso Nacional, o que, conforme as entidades médicas, significa perda anual de R$ 20 bilhões para a saúde. (fonte: CRM-MS – 10.04.2008)

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