O maior estudo desenvolvido na área de epidemiologia na América Latina, o Estudo Longitudinal sobre a Saúde do Adulto (Elsa Brasil), financiado pelo Ministério da Saúde e Ministério de Ciência e Tecnologia, foi lançado, neste domingo (21), pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante a abertura do XVIII Congresso Mundial de Epidemiologia e VII Congresso Brasileiro de Epidemiologia, em Porto Alegre. A pesquisa inédita, que representa um marco na investigação de doenças não-transmissíveis no Brasil, envolve seis instituições de ensino superior e de pesquisa das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. Os estudiosos vão monitorar, por 20 anos, 15 mil funcionários e docentes, homens e mulheres, de 35 a 74 anos de idade. A escolha por esse público objetiva evitar a exclusão de pessoas em alguma etapa do estudo. Vamos acompanhar de que maneira essa população se comporta em relação a prevalência de diabetes, hipertensão arterial, doença coronariana, acidente vascular cerebral. É um estudo que permitirá estabelecer um perfil das doenças no conjunto da população brasileira e com isso a gente vai poder aperfeiçoar as políticas de combate a essas patologias no Brasil”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante a solenidade de abertura. Hoje o Brasil utiliza estudos desenvolvidos em outros países e processos de tratamento e prevenção que são desenvolvidos fora. “Pela primeira vez o ministério vai usar informações e material feito com a população brasileira, com a diversidade genética, a diversidade comportamental da população brasileira e isso muda tudo”, ressaltou. Com a iniciativa, o Ministério da Saúde pretende estimular uma gestão de saúde pública ancorada em evidências. No total, são seis centros de investigação instalados nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Nesses centros, serão feitos exames e entrevistas para avaliar, entre outros aspectos, condições de vida, diferenças sociais, relação com o trabalho, gênero e especificidades da dieta da população brasileira, uso de medicamentos e saúde mental. Além disso, o material biológico recolhido durante a pesquisa será armazenado para investigações posteriores. A pesquisa abordará ainda a incidência doenças crônicas, como diabetes e agravos cardiovasculares, e seus fatores de risco na população brasileira. O levantamento foi iniciado em agosto de 2008 com o lançamento de um edital dos Ministérios da Saúde e de Ciência e Tecnologia. O trabalho custará R$ 22,6 milhões e será dividido entre os dos ministérios. A previsão é que, em cinco anos, haja dados parciais para divulgação. (fonte: Ministério da Saúde – 25.09.08)

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