A Comunidade Médica dos Países de Língua Portuguesa (CMPLP), que congrega entidades representativas dos profissionais do Brasil, Portugal, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, tomou duas importantes decisões em Congresso realizado, semana passada, na cidade do Porto. Ambas têm importância para os brasileiros.

A primeira delas foi a escolha do Brasil para sediar o próximo Congresso da CMPLP, o que deverá acontecer na primeira semana de maio de 2017, em Brasília (DF). Durante o encontro, onde são aguardadas importantes lideranças médicas dos países que integram a Comunidade, devem ser discutidos temas de interesse comum, como questões que envolvem aspectos éticos e médicos; políticas públicas de saúde e o exercício profissional.

A segunda decisão tomada na cidade do Porto e que se relaciona diretamente com o Brasil foi a escolha, por unanimidade, do presidente do Conselho Federal de Medicina (FFM), Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, para assumir a Presidência da CMPLP no período de janeiro a dezembro de 2017. Os anúncios foram feitos durante o VII Congresso da CMPLP, que aconteceu nos dias 1º e 2 de setembro, no Centro de Cultura e Congresso da Regional Norte da Ordem dos Médicos de Portugal. O encontro contou participação significativa de representantes de todos os estados-membros da entidade.

“São variados e numerosos os desafios que enfrentamos, diariamente, nas instituições a que pertencemos, mas o conhecimento, a união de esforços, a partilha de ideias e a criação de um espaço comum são um bom caminho rumo ao horizonte que todos, de mãos dados, procuramos alcançar”, ressaltou o bastonário da Ordem dos Médicos de Portugal, José Manuel da Silva, anfitrião do encontro.

A programação contemplou temas como saúde mental e violência; mobilidade e educação médica especializada; e capacitação e desenvolvimento no espaço lusófono; entre outros. Para o secretário-Geral da CMPLP, José Manuel Pavão, “foi uma oportunidade de refletir sobre a importância da língua que nos une e até onde ela pode nos levar. O momento que vivemos exige o esforço de todos e a partilha de responsabilidades”.

O presidente do CFM foi um dos expositores da mesa “Diagnósticos nacionais de saúde”, que contou ainda com a participação de nomes de Portugal, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Moçambique. Na oportunidade, Carlos Vital apresentou um detalhado diagnóstico da situação sanitária do Brasil.

Entre as informações compartilhadas estavam dados gerais sobre o volume de produção no âmbito da rede pública; o perfil epidemiológico da população brasileira; o contexto orçamentário da saúde; a falta de infraestrutura em hospitais e postos de saúde; e a abertura indiscriminada de escolas médicas no País.

“Não existe solução fácil e simplista para a saúde pública, um problema crônico e complexo, que exige do Poder Executivo prioridade, planejamento como política de Estado e não de Governo, efetivo combate à corrupção e competente administração, com rigoroso sistema de controle e avaliação”, concluiu Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, após sua exposição.

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