A Câmara Técnica de Cardiologia do Conselho Federal de Medicina (CFM) reuniu-se na última terça-feira, 31, para debater questões relacionadas ao infarto do miocárdio, que é responsável por um terço das mortes no Brasil, mas o país não tem um plano nacional que vise diminuir os efeitos deletérios desta doença cardíaca. “O infarto atinge toda a população, independentemente de classe social. É um problema que precisa ser enfrentado e estamos dispostos a dar nossa contribuição para que mortalidade seja reduzida”, afirmou o coordenador da Câmara Técnica de Cardiologia e secretário-geral do CFM, Henrique Batista e Silva.

O problema foi apresentado pelo professor de cardiologia da Universidade de São Paulo José Carlos Nicolau, que apresentou o estudo “Condutas em coronariopatia aguda: a necessidade de uma política mais eficiente”. Ao final da reunião foi decidido que a Câmara Técnica vai aprofundar a discussão, propondo um projeto que melhore o atendimento do paciente infartado. A proposta será apresentada como um projeto piloto, a ser implementado inicialmente em alguns locais, com possibilidade de se expandir para todo o país.

Na sua apresentação, José Nicolau argumentou que os índices de recuperação e mortalidade são muitos discrepantes entre as regiões do país, sendo necessária a implantação de uma política nacional norteadora. “Um mal que é responsável por 33% das mortes no país deve combatido de forma ordenada”, defendeu.

Até a próxima reunião da Câmara Técnica, prevista para abril, um grupo formado pelos cardiologistas Marcelo José de Carvalho Cantarelli, Viviane Guzzo Lemke, Antônio Carvalho e Álvaro Moura formatarão o projeto, que será apreciado pelo órgão do CFM. Também participaram da reunião, além do coordenador e do palestrante, Cláudio Nascimento, Élida Maria de Macedo Gallo, José Antônio Maria Neto, José Teles de Mendonça, Luís Carlos Bodanese, Marcos Vinicius de Andrade e Fernando Atik.

Na apresentação, Carlos Nicolau apresentou algumas sugestões, como o desenvolvimento de programas educacionais para informar a população sobre o infarto, o aumento do acesso da população aos serviços de saúde na fase aguda e após o episódio, o desenvolvimento de estratégias públicas e privadas de saúde para a redução das diferenças regionais e o aumento do financiamento e da gestão, especialmente no setor público.

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