O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou por unanimidade em reunião plenária realizada nesta sexta-feira (17) nota pública em que manifesta sua preocupação com os preparativos na área da assistência na rede pública de saúde durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro.

A partir das constatações do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), o CFM alerta as autoridades e organizadores para que tomem providências a fim de evitar que o megaevento esportivo comprometa ainda mais as dificuldades de acesso à assistência à população local.

Leia a nota na íntegra.



NOTA À SOCIEDADE
 
Diante da proximidade dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro, o Conselho Federal de Medicina (CFM) vem a público manifestar sua preocupação com os preparativos implementados pelas autoridades para garantir o funcionamento adequado dos serviços de saúde na rede pública, em especial os de urgência e emergência.
 
Conforme tem alertado o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), a estrutura médico-hospitalar da capital fluminense se encontra com sérios problemas. Neste cenário, a realização deste megaevento esportivo deve comprometer ainda mais as dificuldades de acesso a assistência pela população local, devido a sobrecarga causada com a estimativa de passagem pela cidade de 800 mil turistas durante os dias de competições.
 
Os dados de fiscalização do Cremerj indicam déficit de leitos na rede, falta de profissionais da saúde, baixo estoque de sangue e hemoderivados e precariedade no acesso a insumos e medicamentos nas unidades públicas. Também não se conhece a existência de plano de contingência para atendimento da população e de turistas que inclua estratégias para remoção rápida de casos graves.
 
Além disso, o Comitê Organizador Rio 2016, que garantiu a contratação de 146 ambulâncias e de quase mil profissionais para atuar nos Jogos, não deu mais informações sobre o nível de qualificação e treinamento das equipes. Tudo isso gera intranquilidade e coloca o Rio de Janeiro em situação de risco, num momento em que a atenção de todo o mundo estará direcionada para o Brasil.
 
Assim, o CFM alerta ao Governo, em suas três esferas de gestão, e aos organizadores dos Jogos para a necessidade de tomarem providências que evitem os problemas que possam surgir. Portanto, é relevante ter transparência e diálogo com a sociedade. As entidades médicas se colocam à disposição para contribuir neste esforço, em defesa da saúde e da vida dos turistas e da população.


Brasília, 17 de junho de 2016


CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM) 
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