Vital participou de audiência pública do Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre a proposta de reformulação das diretrizes curriculares do curso de medicina. Durante sua fala, o vice-presidente do CFM enalteceu que a residência médica é também uma reivindicação da categoria, porém é imprescindível qualidade. “São de interesse do CFM que todo cidadão tenha acesso a um qualificado serviço de saúde pública e que todo egresso de curso de medicina também tenha disponível uma vaga em residência médica. Porém há uma preocupação prioritária com a qualidade do ensino em nível de graduação e pós-graduação”.
Segundo o conselheiro faltam estruturas básicas e recursos humanos para a abertura de novos cursos médicos: “não há que se fazer em curto período o incremento de mais 18 mil vagas de residência pela incapacidade da rede hospitalar e preceptorias adequadas”. Para Vital, a proposta de ampliação do número de vagas apresentada tem muitas lacunas. “Não queremos a formação de um meio médico ou parte de médico para lidar com valores absolutos, saúde, vida e dignidade dos seres humanos”, afirmou.
De acordo com o conselheiro, as diretrizes curriculares não podem inverter os seus objetivos: “em lugar da qualificação do ensino-aprendizado da medicina voltar-se a transformação do docente em simples mão de obra para o sistema de assistência à saúde”.