De 19 a 22 de novembro de 2009, a Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT) realiza o 13º Congresso Paulista de Pneumologia e Tisiologia, no Centro Fecomércio de Eventos. À oportunidade, pneumologistas terão acesso às mais importantes novidades para a prática da especialidade, além de atualização cientifica de excelência. Entre os temas em discussão, uma novidade para o tratamento de pacientes com enfisema pulmonar avançado: a técnica de drenagem dos pulmões, destaca o Dr. José Eduardo Delfini Cançado, Presidente da SPPT. Portadores de enfisema pulmonar sem bolha, uma manifestação mais grave da doença, e que não respondem mais aos tratamentos convencionais, têm uma nova opção terapêutica. Dr. Roberto Saad, presidente do Departamento de Cirurgia Torácica da SPPT e professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, desenvolveu com sua equipe uma técnica de drenagem diretamente no pulmão. Com anestesia local, é implantado um dreno que libera o ar aprisionado, reduzindo as complicações cirúrgicas, os índices de mortalidade e a morbidade de outras cirurgias, melhorando a capacidade respiratória. Os efeitos são mínimos, com pouca dor e sangramento. Caso o organismo rejeite, basta retirar o equipamento que o pulmão volta à situação anterior. Nos últimos três anos o procedimento foi realizado em 9 pacientes, com resultados bem sucedidos e publicados no Jornal Brasileiro de Pneumologia. A técnica é derivada do método desenvolvido há dez anos também pela equipe do dr. Saad Junior, para tratar o enfisema com bolha. Neste caso, também com anestesia local, é feita uma abertura de 4 cm no tórax. O médico pinça a bolha, coloca o dreno e sutura o parenquima pulmonar. A técnica vem sendo utilizada na Faculdade de Medicina da Santa Casa, onde mais de 40 pacientes já passaram pela cirurgia, e outras escolas médicas. Médicos internacionais que acompanharam a experiência aprovaram a técnica. Nova Zelândia, Inglaterra e Alemanha já fazem uso experimental, em grupos pequenos, assim como acontece em São Paulo. “Até poderia indicar a cirurgia no doente precoce, mas prefiro nos pacientes com mais complicações, uma vez que a técnica ainda está em fase de experiência e já se mostrou muito benéfica nos casos mais graves. Além disso, esses indivíduos têm uma reserva de pulmão inutilizada que passa a se desenvolver após a drenagem. Ou seja, a doença continua, mas há uma melhora na dinâmica respiratória e na qualidade de vida, que fica quase normalizada”, explica dr. Saad Junior. Enfisema O enfisema pulmonar pode evoluir para duas manifestações distintas. Uma delas, o difuso grave, deixa os alvéolos dilatados, retém o ar e forma uma bolha grande no pulmão, nos dois lados ou em apenas um. O tratamento convencional nestes casos pode ser via toracotomia, onde a bolha é retirada e a base dela é costurada. Como o pulmão expande, o indivíduo respira melhor. Outra opção é a videotoracoscopia, que utiliza uma câmara para olhar a bolha e fazer o seu ressecamento. Para estas operações, o paciente passa por anestesia geral e entubação, porém, devido às suas dificuldades respiratórias, a mortalidade chega a 5% e as complicações ficam entre 30% e 40%. Os doentes por enfisema sem bolha, a forma mais grave da doença, tem o ar aprisionado nos pulmões e, mesmo em repouso, o paciente não consegue respirar corretamente. Só nos Estados Unidos são quase dez milhões de pessoas portadores desse mal. As alternativas são a redução volumétrica, que retira um segmento do pulmão, e o transplante, sendo que, após seis ou sete anos, cerca de 30% a 40% destes pacientes morrem. 13º Congresso Paulista de Pneumologia e Tisiologia Data: de 19 a 22 de novembro de 2009 Local: Centro Fecomércio de Eventos Endereço: Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista Informações: (11) 3812-4845 (fonte: CFM – 11.11.09)

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