Realizado em Gramado (RS), de 28 a 31 de julho, o II Congresso Brasileiro de Doenças Funcionais abordará as novidades apresentadas do Consenso Roma IV, um sistema de classificação dos distúrbios gastrointestinais funcionais

Os distúrbios funcionais gastrointestinais são definidos como uma combinação variável de sintomas crônicos e recorrentes. São doenças nas quais os pacientes apresentam queixas difusas, dores, mal estar, alergias, cansaço, ansiedade, estresse, entre outros, mas sem grandes ou nenhuma alteração laboratorial.
Eles constituem importantes doenças do tubo digestivo (as mais comuns na Gastroenterologia são a Síndrome do Intestino Irritável, a Dispepsia Funcional e a Constipação Intestinal Funcional), e possuem alta prevalência na população, sendo responsáveis por cerca de 40% dos atendimentos ambulatoriais em Gastroenterologia.

Por esses motivos, um grupo internacional de especialistas, fundamentado na premissa de que os distúrbios funcionais gastrointestinais apresentam alterações motoras e/ou sensitivas similares, sugeriu um novo sistema de classificação para eles desde o esôfago até o reto. Eles foram definidos e classificados através de critérios clínicos específicos, consagrados em 1990 como Consenso de Roma, os quais foram revisados em 2000 (Roma II), em 2006 (Roma III) e atualizados recentemente (Roma IV).

Durante o II Congresso Brasileiro de Doenças Funcionais do Aparelho Digestivo, que será realizado na cidade de Gramado (RS), de 28 a 31 de julho, os gastroenterologistas brasileiros terão a oportunidade de conhecer as principais novidades do Consenso de Roma IV. “O conhecimento desses critérios é muito importante já que os mesmos têm permitido uma importante padronização na linguagem científica sobre as desordens funcionais do trato digestivo, facilitando a comunicacao entre os pesquisadores, gastroenterologistas e clínicos em geral”, explica Maria do Carmo Friche Passos, presidente da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) e responsável pela organização do evento.

Diagnóstico e tratamento – O tratamento dos distúrbios funcionais, especialmente de suas formas graves, representa um dos grandes desafios para o gastroenterologista e, até o momento, não existe uma terapêutica que seja verdadeiramente eficaz. “Uma boa relação médico-paciente continua sendo determinante e fundamental para o êxito do tratamento”, explica Maria do Carmo.

A estratégia terapêutica vai depender da natureza e intensidade dos sintomas, do grau de comprometimento funcional e de fatores psicossociais envolvidos. “Existe um consenso, cada vez mais aceito, de que as medidas de atenção primárias são aquelas que refletem o melhor controle dos sintomas. Essa melhora e a satisfação do paciente são os principais indicadores da eficácia clínica”, acrescenta a presidente da FBG.
Alguns aspectos devem ser considerados na avaliação diagnóstica e terapêutica dos distúrbios funcionais:
• Pacientes com distúrbios funcionais apresentam uma enorme variedade de sintomas que afetam diferentes regiões do aparelho digestivo;
• Os sintomas funcionais têm em comum, alterações na “função” gastrointestinal motora e/ou sensorial, e apresentam enorme sobreposição através das diferentes regiões anatômicas do Trato Gastro Intestinal;
• A importância da “separação” dos sintomas funcionais em diferentes síndromes é a facilitação do diagnóstico e tratamento.
“A frequência com que os sintomas ocorrem é também um critério de grande importância para o estabelecimento do diagnóstico, variando de uma síndrome para outra, sendo fundamental se nortear pelos critérios estabelecidos pelo Consenso de Roma IV, para cada uma das doenças funcionais”, finaliza Maria do Carmo.

II Congresso Brasileiro de Doenças Funcionais do Aparelho Digestivo
Data: 28 a 31 de julho
Local: WISH Serrano Gramado / Gramado (RS)
Informações:www.doencasfuncionais2016.com.br

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