Nesta segunda-feira, Dia Internacional da Criança Desaparecida, o Cremego, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselhos Regionais de Medicina de vários estados promoveram uma grande campanha educativa para alertar médicos, pais, professores e a sociedade em geral sobre os riscos do desaparecimento de crianças e o que cada um pode fazer para prevenir esse problema, que atinge uma criança a cada 15 minutos no Brasil. Em Goiás, a mobilização, que faz parte de uma campanha nacional lançada em 2011 pelo CFM, começou ainda na semana passada, durante o Congresso de Atualização em Pediatria do Centro-Oeste, realizado em Goiânia entre os dias 21 e 23 de maio.
Cerca de 600 folders da campanha, com orientações sobre como prevenir esses desaparecimentos e como agir caso ocorram, foram entregues aos médicos pediatras inscritos no congresso. O presidente do Cremego, Erso Guimarães, também fez uma apresentação da campanha e alertou os médicos a ficarem atentos a sinais que podem indicar que seus pacientes possam ser vítimas de sequestro ou de algum tipo de violência.
Hoje, 25 de maio, o presidente do Cremego visitou o Hospital Materno Infantil, Hospital Infantil de Campinas, Cais de Campinas e duas escolas de ensino fundamental: Centro Educacional Omni e Colégio Santo Agostinho – o objetivo era visitar também escolas públicas, mas a greve dos professores inviabilizou a ida a essas unidades. Durante as visitas, Erso Guimarães distribuiu folders da campanha, conversou com médicos, pais de pacientes e de alunos, sempre ressaltando a importância da prevenção dos desaparecimentos e dos cuidados com as crianças.
Campanha Criança Desaparecida Colegio Omni 25 05 15“A medicina tem um caráter social e humanitário. Não queremos apenas tratar da saúde, mas também do bem-estar e da qualidade de vida da população”, disse o presidente em entrevista à imprensa, que acompanhou as visitas. A campanha é permanente e tem o apoio de entidades médicas brasileiras e latino-americanas, como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), além da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Igrejas Batistas, Movimento Humanos de Direitos (Mhud), Instituto de Migrações de Direitos Humanos (IMDH), ONG Mães da Sé, Rede Marista, Hospital Pequeno Príncipe do Paraná e do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride).
 

População apoia a campanha – Campanha Criança Desaparecida Hospital Materno Infantil 25 05 15 7As pessoas abordadas apoiaram a campanha. “Essas orientações são muito importantes, pois o desaparecimento de crianças é um problema muito sério e grave”, disse Alessandra de Araújo Muniz, que recebeu o folder enquanto aguardava a internação da neta no Hospital Materno Infantil.

José Pinto Carvalho Filho, que também acompanhava uma neta em atendimento no Hospital Materno Infantil, elogiou a iniciativa do CFM e do Cremego. “Campanhas como essa podem ajudar muito a prevenir os desaparecimentos de crianças”, afirmou. Os diretores dos hospitais e das escolas também abraçaram a campanha e vão dar sequência à distribuição dos folders nos próximos dias.

Recomendação do CFM orienta médicos – Em junho de 2014, o CFM divulgou a Recomendação número 4, que orienta os médicos a prestarem atenção nas atitudes dos pequenos pacientes; verem como eles se comportam com o acompanhante, se demonstram medo, choro ou aparência assustada e a observarem se existem marcas físicas de violência, como cortes, hematomas ou até abusos. São sinais que podem identificar que a criança está em situação de risco.

No site do CFM, também são disponibilizados formulários para o registro de desaparecimentos e para a notificação do encontro de crianças, além de orientações para pais e médicos. Acesse e confira: www.criancasdesaparecidas.org.

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