O Cremers e a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul apresentaram na última segunda-feira, dia 25, propostas para o enfrentamento do vírus H1N1. A parceria, que faz parte da campanha Inverno com Saúde do Cremers, aliou forças das duas entidades para esclarecer a população sobre a importância da vacina e do tratamento precoce, os cuidados para evitar o contágio e sintomas principais da doença.
 
A data marcou o início da campanha de vacinação contra a gripe no Estado.

O Cremers ainda elaborou uma nota técnica de orientação aos médicos sobre como lidar com o H1n1. As Câmaras Técnicas da entidade estarão integradas ao Comitê de Monitoramento da gripe A, criado pelo governo do Estado.
O lançamento da campanha contou com a presença do presidente do Cremers, Rogério Wolf de Aguiar, do secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, e de representantes do Telessaúde da UFRGS, além das Câmaras Técnicas do Conselho e da Equipe Técnica da Secretaria.

O presidente Rogério Wolf de Aguiar comenta: “Esse conjunto de ações propositivas vai ao encontro do princípio bioético da justiça, que prega o direito do atendimento a todas as pessoas. Além disso, o Cremers busca amparar não só a população, mas os médicos diante dessa crise”.
Acesse o hotsite da campanha Inverno com Saúde em www.cremers.org.br/h1n1/
 
Confira a íntegra do comunicado aos médicos:

Prezado colegas,

Considerado os dados epidemiológicos locais e a perspectiva de um surto epidêmico do vírus AH1N1 as Câmaras Técnicas de Infectologia, Pediatria, Clínica Médica, Emergência, Medicina de Família e Comunidade e Pneumologia do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul, apresentam suas recomendações visando o enfrentamento da gripe sazonal para o ano de 2016:

A) A vacina é a única medida segura de proteção contra o vírus Influenza. Idealmente, no Rio Grande do Sul, seria a cobertura vacinal universal com vacinas tetravalentes, onde observam-se surtos epidêmicos repetidos;
B) A priorização de grupos mais suscetíveis é uma estratégia de saúde pública em função de recursos, o que não impede e tampouco contraindica a vacinação no restante da população;

C) Pacientes não incluídos como população de risco na campanha, mas que na avaliação de seu médico assistente sejam suscetíveis (vulneráveis) devem ser encaminhados aos postos de vacinação com a devida justificativa;
D) É recomendável a vacinação de outros grupos de risco tais como: dentistas, educadores e profissionais que atuam em instituições de saúde (creches, Casas Geriátricas, entre outras);

E) Crianças menores de 5 anos, no primeiro ano que recebem a vacina, necessitam de 2 doses com intervalos de 30 dias para obter uma viragem segura. Além de proteger, a vacina diminui a disseminação do vírus;

F) Os primeiros casos de Influenza tendem a ocorrer ao final de março com pico de incidência em junho. Por isso, a vacinação deveria ser realizada no mês de março, não ultrapassando a segunda semana de abril;

G) Visando a viragem imunológica em tempo hábil recomenda-se que adesão precoce à vacinação já nos primeiros dias do período vacinal;

H) A higienização de mãos, manter ambientes arejados, evitar aglomerações e contatos com pessoas com sintomas gripais são medidas efetivas de prevenção;

I) Ao optar pelo uso precoce do Oseltamivir (menos de 48horas) em síndromes gripais inespecíficas deve-se adotar uma política de facilitação do acesso à medicação após a prescrição médica;

J) Uma grande parcela de óbitos nos invernos anteriores ocorreu na população sem fatores de riscos e excluídas da estratégia de vacinação do Governo. Portanto, os pacientes não vacinados e sem fatores de risco com os sintomas gripais devem ser acompanhados com atendimento preferencial na rede básica de saúde;

K) Como uma parcela importante da população não receberá a vacinação, entendemos que, frente a um número crescente de casos (epidemia), se adote uma política de fluxos preferenciais de atendimento e sejam criadas unidades de atendimentos específicas para pacientes com síndromes gripais, objetivando atendimento precoce e diferenciado, afastando das emergências esse grupo de pacientes;

L) Ocorrendo epidemia, sugerimos que hospitais, serviços de urgências e postos de saúde com grande movimento implementem fluxos específicos para pacientes com síndromes gripais.

Aproveitamos para informar que o TelessaúdeRS, projeto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, dispõe de um telefone exclusivo para médicos realizarem questionamentos e dirimir dúvidas referente à Gripe A, através do número 0800.6446543 das 08h às 17h30min de segunda a sexta-feira.

Esperamos que estas propostas oriundas de ampla discussão entre nossas Câmaras Técnicas possam contribuir para o combate eficaz da epidemia de gripe influenza no ano de 2016.
 
 

 

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