Ambulâncias estão paradas por falta de combustível. Faltam medicamentos, médicos e o socorro muitas vezes não chega a tempo.

A crise se agravou nos hospitais públicos de Brasília. Ambulâncias estão paradas por falta de combustível, não há medicamentos, nem médicos e o socorro muitas vezes não chega a tempo de salvar as vidas. Enquanto isso, a arrecadação de impostos que o cidadão paga aumentou. As informações são do próprio governo.

Em 2010, a receita que leva em consideração tributos e empréstimos foi de R$ 13,2 bilhões. Este ano chegou a mais de R$ 18 bilhões, aumento de 38%. Enquanto isso, a situação é crítica no serviço público. Falta o básico para atender a população.

Na capital do país foram assim os últimos dias. “Estamos sem comida, sem alimentação. Isso ai não é justo. Eles que procurem o dinheiro para pagar nosso salário”, afirma a auxiliar de serviços gerais Sandra Teixeira.

No protesto do dia 11 de dezembro, 12 pistas foram interrompidas e o transito na principal via de acesso ao centro de Brasília ficou mais uma vez caótico. Agora os 30 mil funcionários que fazem limpeza nos prédios públicos aguardam pagamento.

“Falta de respeito e consideração com a classe trabalhadora. A gente limpa onde eles pisam e eles não pagam a gente para fazer isso”, diz o auxiliar de serviços gerais José Mário Romano.

O governador do PT, Agnelo Queiroz, derrotado na eleição, nem foi ao gabinete. Mandou dizer que está resolvendo as dívidas.

O pessoal da Saúde que estava em greve decidiu voltar ao trabalho na última quinta-feira (11), depois de receber os salários com atraso, mass com condições. O aviso na porta de vários postos dizia: exame só no ano que vem. Internet e telefone foram cortados.

Em um dos maiores hospitais de Brasília, ambulâncias na garagem por falta de combustível. Caldeiras, necessárias para esterilização de materiais e roupas, pararam por falta de manutenção.

Em outro hospital, o teto despencou há dois dias. Um relatório da Controladoria Geral lista vários outros problemas, como falhas na aquisição, planejamento, controle de estoque e armazenamento de medicamentos. Há ainda compras e serviços feitos sem licitação, como o de limpeza, que custou muito mais do que deveria.

A má gestão na Saúde teria provocado, só no período da auditoria, um prejuízo estimado em, pelo menos, R$ 50 milhões. Estão incluídos nessa conta pagamentos indevidos de gratificações e horas extras e para servidores. O relatório fala também em falta de médicos, e escalas de plantão não cumpridas.

Só nesta semana duas famílias recorreram à polícia depois que parentes morreram. Nos dois casos, contam que faltou atendimento. Um deles foi uma menina de 7 anos.

Na quinta-feira (11), uma senhora de 53 anos, que aguardava uma cirurgia. “Isso é um absurdo, minha mãe chegou com um fêmur quebrado e saiu de lá no carro do IML”, atendente Paulo Henrique Constantino.

No mesmo hospital, a equipe do Bom Dia Brasil flagrou uma mulher passando mal e o socorro veio de um segurança.

A Secretaria de Saúde informou que determinou a abertura de uma auditoria interna e procedimentos disciplinares para investigar as irregularidades apontadas pela auditoria.

Fonte: http://g1.globo.com/

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