O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-MS), Sérgio Renato de Almeida Couto, entregou nesta segunda-feira (28/07) ao Ministério Público Estadual (MPE) projeto que prevê a criação urgente de 15 leitos em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e 15 leitos em Unidade Intermediária na Santa Casa de Campo Grande. Couto se reuniu hoje com os promotores Mauri Valentim Ricciotti e Sara Francisco Silva, além de representantes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), para tratar do assunto. “Nossa espectativa é que seja firmado um TAC para garantir a criação dos leitos o quanto antes. Não podemos mais esperar meses para isso, pessoas estão morrendo”, afirma o presidente do CRM. Segundo ele, deverão ser investidos cerca de R$ 2 milhões para a aquisição de equipamentos, além de R$ 250 mil para a manutenção dos leitos. Couto defende o decreto de emergência – por parte da Secretaria Estadual de Saúde ou da Sesau – como um mecanismo para agilizar a aquisição de equipamentos e materiais. Ele informou que uma Ação Civil Pública também é outra alternativa para a falta de perspectivas quanto à criação de novas vagas. “Como resultado desse caos, temos hospitais superlotados e atendimento inadequado aos pacientes. São problemas graves que precisam ser resolvidos o quanto antes”, diz. Vistoria aponta falhas Equipe de médicos fiscais do CRM vistoriou no último dia 23 de julho o Pronto Socorro da Santa Casa de Campo Grande, constatando a superlotação do setor e as precárias condições para atendimento à população – situação já verificada na vistoria realizada em 8 de maio. No relatório elaborado pelo médico fiscal Carlos Vinícius Pistóia de Oliveira, e enviado ao MPE, a situação mais grave descrita foi detectada na sala de emergência. “Há 13 pacientes internados ocupando as duas laterais, em macas sem espaço entre elas, além do centro da sala ocupado por duas macas com pacientes e dois grandes cilindros de oxigênios extras, já que todas as saídas embutidas de gases estão ocupadas”, explica. Não haveria, no momento da vistoria, condições para atendimento de qualquer paciente que chegasse no setor. “São evidentes os riscos de ocorrerem óbitos, para os quais certamente o atendimento precário viria a contribuir e, portanto, representa risco para a população”, diz o médico no relatório. Nas demais dependências do Pronto Socorro haviam outros 33 pacientes internados, além dos que estavam no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Pistóia conclui que o PS da Santa Casa apresenta precárias condições para a prática médica, havendo risco para os pacientes lá internados e absoluta falta de condições para o atendimento na Sala de Emergência, para onde pacientes graves são levados 24 horas. (fonte: CRM-MS – 28.07.2008)

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