O CRM-MS destaca que atualmente a Capital conta com uma defasagem de pelo menos 20 UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e 30 UTI intermediárias (destinada a pessoas em estado grave, mas que respiram sem o auxílio de aparelhos). Com a alta demanda de atendimentos de pacientes graves, vindos inclusive do interior do Estado, a Capital precisa elevar os leitos no Hospital Regional, na Santa Casa e no Hospital Universitário. Segundo o presidente do CRM, Sérgio Couto, a instalação destes leitos no Hospital Regional e Santa Casa, com 10 UTIs e 15 UTIs intermediárias em cada um, já supriria a demanda de atendimentos de urgência na Capital. “A nossa luta é aumentar os leitos no HR e na Santa Casa e tentar manter o nível de atendimento no Hospital Universitário que carece de pessoal para atender as UTIs já existentes no hospital”, afirma. A falta de pessoal no Hospital Universitário decorre da dificuldade de ampliar o quadro de médicos, pela necessidade de concurso público, já que a entidade é do governo federal. Sérgio Couto denuncia que atualmente a Santa Casa, por exemplo, possui UTI que cabem apenas cinco pacientes, mas acabam atendendo até 12 pessoas de uma só vez, devido a superlotação e a falta de espaço físico. Hoje a Santa Casa conta com 68 leitos, que são destinados para atendimento pediátrico, neo-natal, pós-operatório, coronariano e adulto. A UTI adulta conta com apenas 18, dos 68 leitos totais do hospital, para onde são levados pacientes vítimas de acidentes de trânsito, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e pacientes do interior de Mato Grosso do Sul que estão em estado grave. De acordo com dados do CRM, o Hospital Regional conta com 46 leitos de UTI e o HU com 27 leitos, sofrendo, contudo, com o risco de diminuir estes leitos pela falta de pessoal para atender os pacientes. Couto informa ainda que o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) atende por mês uma média de 475 pessoas que necessitam de internação na UTI, um número muito mais elevado que o total de leitos existentes na Capital, sem contar os pacientes que são trazidos de municípios do interior do Estado por impossibilidade de tratamento nos hospitais locais. O presidente do CRM lamenta que, devido à superlotação, a grande maioria dos pacientes tem o atendimento prejudicado nas primeiras horas, que são as mais importantes para a recuperação da vítima, a constatação do problema e para evitar seqüelas posteriores. “O atendimento inicial é fundamental para a saúde do paciente, um mau atendimento nas primeiras horas pode ocasionar seqüelas irreversíveis”, revela. O presidente da entidade diz que hoje um paciente internado na UTI custa R$ 2 mil por dia, sendo que o SUS repassa aos hospitais apenas R$ 300,00, o que onera o tratamento e prejudica a ampliação do sistema de saúde. “Campo Grande é a UTI e o Pronto Socorro do Estado. Temos que definir o que é verba para saúde e priorizar o financiamento do setor”, afirma.

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