Um dos principais prontos socorros de Belém, localizado na periferia da capital, foi visitado nesta terça-feira, 2, por conselheiros do Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará (CRM-PA).

A ação no PSM Humberto Maradei foi para alertar a população sobre os direitos na saúde pública. Os conselheiros Tereza Cristina Azevedo, Jorge Wilson Tuma e Henrique Custódio distribuíram cartilhas que orientam os pacientes em caso de reclamação sobre os serviços.

A cartilha elaborada pelo Conselho Federal de Medicina traz esclarecimentos como, por exemplo, acesso ao SUS, à assistência integral – incluindo medicamentos-, ao prontuário médico, qualidade no atendimento, entre outros esclarecimentos.

“Nossa intenção é sensibilizar a população para que nós, em conjunto com a sociedade, possamos agir por uma saúde de qualidade”, afirma o conselheiro Jorge Wilson Tuma.

De acordo com dados divulgados pelo Conselho Federal de Medicina, o estado do Pará perdeu desde julho de 2010, cerca de 595 leitos. “Mais de 60% dos pacientes não são de Belém, e sim do interior do estado, e com isso causa uma sobrecarga no atendimento”, diz a conselheira Tereza Cristina.

Dona Maria das Dores, de 62 anos, está há duas semanas com um quadro grave de pneumonia, e até agora não conseguiu leito para o hospital de referência. “Nós ficamos perdidos pelos corredores sem saber o que fazer, sem ter a quem recorrer. Se não for Deus, estamos perdidos. A inciativa dos médicos é boa, e precisava ir a todos os hospitais para esclarecer”, diz a filha.

“O médico leva 10, 11 anos para ter uma boa formação, e chega ao PSM e não tem como atuar. Não tem como transferir o paciente por falta de leito”, afirma Jorge Tuma.

Em agosto de 2015, o Pronto Socorro Municipal do Guamá foi fiscalizado pelos conselheiros do CRM-PA. No relatório enviado às autoridades, os médicos constataram número de leitos insuficientes, péssimas condições estruturais e higiene do hospital em todos os setores, corredores do andar térreo ocupado por macas e cadeiras e pacientes idosos em coma sendo assistidos precariamente nos corredores aguardando transferência para internação.

“Diante das 20 constatações, recomendamos ao gestor municipal uma solução urgente para os problemas apontados”, afirmou na época, a conselheira Izabel Morhy.

O departamento de fiscalização do CRM do Pará realizou em 2015, 112 fiscalizações em 22 municípios “As constatações são as mesmas, seja em hospitais e/ou postos de saúde. Esbarramos sempre na falta de estrutura, falta de medicamento, e o médico realizando atendimento sem as mínimas condições”, diz Tereza Cristina.

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