Lívia Ferreira Os deputados federais de Mato Grosso do Sul que votaram a favor da contribuição social para a saúde (CSS) terão seus nomes expostos em outdoors nas ruas de Campo Grande e outros municípios do Estado. A proposta é da federação das Indústrias de Mato Grosso do sul (Fiems), que luta contra a resurreição da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), agora batizada de CSS, e que pode entrar em votação hoje (veja matéria abaixo). Iniciativa semelhante está sendo posta pela confederação Nacional do comércio varejista (CNCV), que reúne cerca de 800 mil empresas no país. Presidente da Fiems, o empresário Sérgio Longen começou a semana entrando em contato com os parlamentares da bancada federal pedindo que votem contra o novo imposto que, conforme o Governo federal, será uma fonte de financiamento permanente para a saúde. Longen afirma ter conversado com os deputados Antônio Cruz (PP),Dagoberto Nogueira (PDT), Nelson Trad, Geraldo Resende e Waldemir Moka – estes três últimos, do PMDB. Até ontem, o presidente da Fiems não tinha conseguido ainda falar com Waldir Neves (PSDB) e com os petistas Antônio Carlos Biffi e Vander Loubet – este está na Ucrânia, em viagem oficial. “O Antônio Cruz me disse que é contra. O Nelsinho(Nelsinho Trad,prefeito de Campo Grande) falou com o Nelson Trad e ele disse que é contra. O Dagoberto ficou de ver., O Geraldo, que é médico, é a favor da CSS.O Moka assumiu o compromisso de que votaria contra”, disse Longen. Argumento falho Apesar dos sucessivos record es na arrecadação, o Governo federal alega precisar de uma fonte permanente de recursos para custear os gastos com saúde, sem depender de um volume de dinheiro que pode ser flutuante. Longen rebate o argumento. A CSS prevê cobrança de 0,1%. “No ano passado, 37% do nosso PIB (Produto Interno Bruto) foram de impostos. Só esse ano já temos R$40 bilhões de excesso de arrecadação. A arrecadação tem crescido ano a ano. Em 2007,foram R$80 bilhões de excesso de arrecadação. Quer fonte mais segura do que esta, dinheiro em caixa?”,disse. O presidente da Fiems disse que 0,38% cobradopela CPMF extinta em dezembro de 2007 não tirou a saúde da agonia. “Na época em que era cobrada a CPMF, o socorro não aconteceu. A saúde era o mesmo caosque é hoje. Para toda ação, o Governo quer criar impostos. Mas a alternativa mais viável é o corte de gastos”, sugeriu. CDLs A partir de hoje, representantes das câmaras de dirigentes lojistas (CDLs) estarão em Brasília.Eles pretendem protestar contra a aprovação da CSS. Presidente da CDL de Campo Grande, Ricardo Kuninari, que retornou-se hoje com a diretoria para definir o posicionamento da entidade sobre o assunto. (fonte: jornal Correio do Estado – 03.06.2008)

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