A Embaixada dos Estados Unidos (EUA) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) debateram, na última segunda-feira (01) em Brasília, estratégias para ampliar o combate ao desaparecimento de crianças e adolescentes. O presidente do CFM, Carlos Vital, e o coordenador da Comissão de Assuntos Sociais, Ricardo Paiva, apresentaram propostas a serem levadas ao governo norte-americano.

Em audiência com Oscar Alejandro Baez, responsável pela pasta de Direitos humanos e Inclusão social na Seção Política da embaixada, os representantes do Conselho sugeriram que o governo dos Estados Unidos apresente à Organização das Nações Unidas (ONU) duas propostas: uma recomendação para que todos os países membros implantem o Alerta AMBER; e inclusão de notificação compulsória no Cadastro Nacional Unificado em cada país pela autoridade policial que expediu o boletim de ocorrência. O Alerta AMBER é um plano norte-americano de resgate, que utiliza sistemas de divulgação de emergência e segue critérios definidos pelo Centro Nacional para Crianças Desaparecidas dos Estados Unidos.

Considerando o tema de extrema relevância como política pública, a embaixada norte-americana manifestou apoio à campanha desenvolvida pelo CFM e pelos Conselhos Regionais de Medicina de resgate à criança desaparecida e afirmou que as propostas serão levadas ao governo dos Estados Unidos. “Infelizmente, no Brasil não temos um cadastro atualizado e temos tido grandes dificuldades para evoluir na legislação que garanta maiores índices de resgate. Os passos podem ser curtos e o caminho íngreme, mas – se persistirmos na caminhada – cumpriremos nossa missão.”, afirmou Ricardo Paiva

Para o presidente do CFM, Carlos Vital, “a subnotificação no Brasil por falta de planejamento estratégico e pelo pouco investimento em segurança pública, além de outras dificuldades próprias a um país de dimensões continentais, constituem obstáculo no resgate de crianças desaparecidas. Não obstante, as consequências desses traumas familiares exigem que todos os esforços continuem a ser envidados para reversão desse quadro dramático que alcança os nossos interesses sociais, individuais e coletivos”.

A campanha de resgate também disponibiliza, no site www.criancasdesaparecidas.org, informações que auxiliam os médicos a reconhecer, entre seus pacientes, aqueles que possam ser um desaparecido, visto que, em algum momento, muitos precisarão de atendimento médico. No site, também há orientações para a sociedade sobre como evitar e como proceder em caso de desaparecimento de um menor de idade. 

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