O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simpepe), ante o momento político brasileiro, quando o nosso povo elegerá nossos representantes em outubro próximo e considerando as legítimas expectativas da mídia quanto a opinião das entidades médicas a respeito da SAÚDE. Manifesta-se:

    A principal causa da reconhecida precariedade na qualidade da assistência a saúde ao povo brasileiro tem origem na falta de recursos adequados e incompetência administrativa. Em 12 anos, o Governo Federal deixou de executar R$ 111 bilhões de reais no já insuficiente orçamento da saúde, gerando o sucateamento das unidades hospitalares, longas filas de espera em atendimentos e cirurgias, déficit de leitos nas unidades de trauma, UTIs e maternidades.

    A ausência de Plano de Carreira de Estado para os profissionais de saúde em geral e médicos em particular, determinam a não fixação dos referidos profissionais por todo o país, vítimas de contratos precários. Ressalte-se que o Governo Federal chegou a efetuar acordo com CFM , aprovado pela Câmara Federal, criando o Plano de Carreira e a Presidente da República vetou o mesmo.

  O descompromisso com a qualidade do saneamento básico, precariedade das rodovias e o incentivo fiscal para comercialização de motos são alguns elementos que aumentam a demanda pela procura de serviços médicos, lotando emergências, leitos de internamentos e UTIs.

    Em termos de Governo do Estado há de se reconhecer a realização de dois concursos públicos, a criação e progressão do Plano de Carreira do Médico, assim como o incremento de leitos e insumos no sistema, pleitos históricos da categoria médica. Entretanto ainda existe a necessidade da adequação da qualidade e quantidade das unidades hospitalares, visando melhorias das condições de trabalho e de assistência à população, principalmente, no interior do Estado.

   Em relação aos municípios, os mesmo transitam entre baixos recursos enviados pelo Governo Federal e a inabilidade de execução dos mesmos, sendo impossível estruturar sua própria rede de assistência, colaborando para a superlotação na Capital.

    As entidades médicas, convictas de sua responsabilidade e do sentimento de mudanças para o País, propõem que saúde seja discutida através de debates e propostas e não pelo viés do marketing político. Afinal já é hora de dar vida a saúde.
 

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