As entidades médicas de Pernambuco (Simepe e Cremepe) apresentaram na manhã desta quarta-feira (13), durante coletiva à imprensa, o resultado das fiscalizações realizadas em sete hospitais da rede pública (Hospital das Clínicas, da Restauração, Barão de Lucena, Getúlio Vargas, Otávio de Freitas, Dom Helder Câmara e Pelópidas da Silveira) .
 

Na ocasião estavam presentes os diretores gerais das unidades de saúde já citadas, além dos hospitais Agamenon Magalhães, Correia Picanço, de Câncer, Miguel Arraes, Oswaldo Cruz, Palmares, Procape, Cisam e Imip. Eles foram convocados pelo Cremepe para informar as deficiências dos serviços.
 

Assim como no resultado das fiscalizações, os diretores dos hospitais apontaram insuficiência de leitos, escalas incompletas, escassez de insumos, superlotação e condições de trabalho precárias. De acordo com o levantamento, há, no total, carência de 305 leitos e 732 médicos nos 16 hospitais mencionados. Todas as unidades tiveram dificuldade para receber os repasses financeiros em outubro, novembro e dezembro de 2015 e houve corte de verba pelo Ministério da Saúde no setor DST/Aids.
 
O vice-presidente do Simepe, Tadeu Calheiros, participou das fiscalizações e lamentou o que viu nos corredores dos hospitais. “Pacientes amontoados, alocados em macas, cadeiras e até no chão. Essas e outras denúncias têm chegado com frequência ao Sindicato”, afirmou. Ainda de acordo com ele, a fiscalização nos hospitais foi um dos pleitos do movimento dos residentes, que denunciaram, recentemente, os problemas. “Os médicos relatam estar no limite desta situação”, concluiu Calheiros.
 
Para o presidente do Cremepe, Silvio Rodrigues, é imprescindível a reabertura dos leitos fechados, provimento de médicos por concurso público e alocação de verbas reajustadas viabilizando suprir a necessidade de insumos. “A intervenção para solucionar esses problemas é urgente, pois alguns destes hospitais já apresentam cenário para interdição ética”, alertou Rodrigues.
 
O presidente do Simepe, Mário Jorge Lobo, considerou a reunião com os diretores dos hospitais e a denúncia à imprensa como um avanço, um alerta para uma situação ainda pior, caso não haja soluções imediatas. “Agora os problemas da saúde já não são mais restritos aos bastidores do SUS e ao cotidiano dos profissionais que enfrentam isso diariamente. A situação está posta”, finalizou.
 
Diante dos problemas já constatados, o Conselho encaminhará o relatório, com fotos e vídeos coletados nas fiscalizações, ao secretário de saúde de Pernambuco (SES-PE), aos Ministérios Público Estadual e Federal e solicitará audiência de urgência ao governador do estado, Paulo Câmara.
 
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