Milena Crestani A falta de vagas para médicos residentes e estímulos para os profissionais na área de Pediatria são apontados como principais fatores para a baixa procura por esta especialidade, conforme o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Mato Grosso do Sul, Sérgio Renato de Almeida Couto. Anualmente, formam-se 200 novos médicos em Mato Grosso do Sul. Entretanto, conforme Couto, não há uma política para organizar uma boa formação aos profissionais. “As vagas de residentes tinham que estar de acordo com as necessidades de especialistas para o Estado”, afirma. Apenas o Hospital Regional (HR) e o Hospital Universitário (HU) de Campo Grande oferecem residência médica na área de Pediatria. No Regional, por exemplo, são apenas três vagas. O número de vagas no HU não foi informado. A falta de interesse dos profissionais pela Pediatria está também relacionada à renda desses especialistas. As consultas dos pediatras, geralmente, são mais demoradas do que as de médicos de outras áreas e, no entanto, os valores pagos são praticamente os mesmos. “Muitos não têm interesse em se especializar em Pediatria porque é uma área que se trabalha muito e não ganha tanto. Os médicos geralmente buscam especialidades que tragam maior rentabilidade financeira”, afirma Couto. Por isso, muitos pediatras estão optando hoje por atuar em plantões. No Estado, a média de salário de um pediatra é de aproximadamente R$ 4 mil para trabalhar 24 horas semanais. Já na rede pública em Campo Grande os médicos ganham em média 3,2 mil. Não há diferenciação entre os vencimentos dos pediatras com os de outros profissionais. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 30.09.08)

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