“Desde que somos fecundados já começamos a morrer, mas muitas vezes tentamos fugir”. Esta foi uma das maneiras que o médico Décio Iandoli Junior, usou para chamar a atenção sobre a finalidade da vida.

O evento, organizado pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM/MS), aconteceu ontem (20), na sede da entidade e teve como objetivo debater o assunto e preparar os médicos para que a finalidade da vida, seja menos sofrida para o paciente e seus familiares, além de dar autonomia ao paciente.

De acordo com o palestrante, 94% das escolas americanas tem a disciplina de saúde e espiritualidade, pois já foi comprovado que a fé ajuda o paciente se recuperar ou até mesmo encarar o fim biológico com menos sofrimento.

A presidente do Conselho Regional de Medicina de MS, Rosana Leite de Melo, ressaltou que essa reflexão é fundamental para os profissionais de saúde. “Nós médicos lidamos com essas questões com bastante frequência, seja em um diagnóstico difícil, seja no momento em que perdemos um paciente ou até mesmo quando perdemos um ente querido, por isso precisamos estar preparados, ser médico é também amenizar o sofrimento quando ele é inevitável”.

Rosana ressalta ainda que o debate é importante para dar autonomia ao paciente conforme prevê a resolução do Conselho Federal de Medicina.

Mesa Redonda

Após a palestra ministrada pelo médico Décio Iandoli Junior, os participantes tiveram a oportunidade de apreciar a uma mesa redonda composta pela presidente do CRM/MS, Rosana Leite de Melo; e os conselheiros da entidade: Juberty Antônio de Souza, Luciene Louvatti, e Luciana Covre.

Luciana Covre afirmou que conversar sobre a morte não é destruir a esperança do paciente, ao contrário é proporcionar a autonomia. 

Segundo Luciene Louvatti a finitude é um diagnóstico médico. “Nós precisamos estuda-lá para ajudar nossos pacientes”.

Para Juberty Antônio de Souza, essa reflexão se aplica perfeitamente ao conceito de Hipócrates. “Curar algumas vezes, aliviar o sofrimento sempre que possível e confortar sempre”.

Fernanda Gimenez que é psicóloga e faz parte do núcleo de cuidados paliativos do Hospital do Cancêr Alfredo Abraão, declarou que assistir ao fórum de foi muito proveitoso e com certeza agregará muito aos profissionais que puderam participar. “Tenho notado que a discussão sobre a finalidade da vida tem feito um bem enorme para o paciente oncológico grave” ressaltou.

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Ariadne Carvalho – Abaetê Comunicação

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