O HU (Hospital Universitário) de Campo Grande restringiu as internações no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) após a confirmação de que quatro pacientes estavam contaminados pela bactéria enterococcus sp. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do hospital determinou ainda que seja feita a cultura de outros cinco pacientes que estão internados no setor e funcionários que atendem no local. Por enquanto, segundo o diretor clínico do HU, Wilson Cantero, apenas o CTI deve ficar restrito para receber mais pacientes até a conclusão dos novos exames para confirmar se há mais pacientes portadores da bactéria. O paciente que estava na CTI e está infectado pela doença já foi isolado. Através de exames, o hospital também já confirmou que há dois pacientes contaminados na clínica médica — um portador da bactéria e outro infectado — e uma criança no CTI pediátrica. Nestes casos, os pacientes já estão isolados, mas o atendimento não deve ser restringido por determinação da Comissão de Infecção Hospitalar. Os cinco pacientes que estão no CTI não foram isolados, pois não manifestaram a infecção e ainda não foi confirmada a colonização da bactéria. Cantero explica que a bactéria enterococcus sp é comum ao organismo do ser humano e manifesta-se somente nas pessoas que estão com imunidade baixa e já estão há muito tempo internadas. A bactéria, segundo o diretor clínico do hospital, foi encontrada durante rastreamento semanal realizado pela Comissão de Infecção Hospitalar. A enterecoccus é uma bactéria multiresistente a vários tipos de antibióticos, principalmente a vancomicina, e pode evoluir para os tipos faecalis — mesma encontrada no Hospital Regional Rosa Pedrossian — e faecium. Riscos O HU já tomou as providências de isolamento dos pacientes e está rastreando todos os locais do hospital por onde os pacientes portadores da bactéria possa ter passado. Todos os funcionários que precisam atender estes pacientes utilizam os materiais de proteção necessários, como luvas. Canteros também ressaltou o temor da bactéria ser encontrada em outros hospitais da Capital, já que muitos pacientes podem ser colonizadores da enterococcus, mas não manifestar a infecção. “Por isso estamos agindo com rigor e tomando todas as medidas necessárias”, explica o diretor clínico. O Hospital Regional Rosa Pedrossian de Campo Grande também enfrentou problemas ocasionados pela bactéria enterococcus faecalis neste ano. Mais de 20 pacientes foram contaminados, sendo que foi confirmada a morte de um bebê e a suspeita da morte de duas pessoas. Cantero citou casos em que já houve surtos provocados pela bactéria em hospitais de Curitiba, no Paraná, no ano de 1996 e até nos Estados Unidos na década de 80. Equipamentos O diretor clínico do HU confirmou que houve a falta de alguns equipamentos para proteção individual dos funcionários, mas garantiu que foi um problema na entrega dos materiais e que isso não passou de dois dias. Cantero também garantiu que a falta dos equipamentos não teve nenhuma relação com o aparecimento da bactéria em pacientes do hospital. A denuncia sobre a falta dos equipamentos foi feita no último sábado ao Midiamax por funcionários que preferiram não se identificar. O presidente do Sista (Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Federais do Estado de Mato Grosso do Sul), Lucivaldo Alves, já havia denunciado a falta de alguns materiais e até medicamentos, como soro fisiológico e luvas. Fonte: Midiamax News

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