“Falar de formação médica é falar de mudança de olhar, de perspectiva. Há escolas que aprisionam, mas há outras que se diferenciam exatamente pela liberdade que dão àqueles que rapidamente ganham autonomia de voo”. Assim começou o segundo dia de debates do I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina 2018 com a conferência do reitor da Universidade Federal do Ceará, Henry Campos.

Em mesa coordenada pelo conselheiro federal Lúcio Flávio Gonzaga, Campos falou sobre a formação médica brasileira destacando a importância de se tirar o foco do conhecimento isolado e dar ênfase à aquisição de competências e valores aliada à aplicabilidade do conhecimento. Para ele, a academia deve aproximar o aluno do mundo real, da realidade de vida da população, do trabalho em equipe e do compromisso social da medicina.

O reitor Henry Campos defendeu a organização de currículos em módulos que promovam a integração de conteúdos. “Temos currículos fragmentados em disciplinas e talvez esse seja o maior problema, pois as doenças não se separam assim. É necessário promover a integração, falar de exercício profissional, gestão em saúde e dos diversos modelos existentes.

“Quando eu ensino, eu aprendo muito mais com meus alunos do que eles comigo. Mas, me esforço para fazer o melhor e deixá-los à vontade naquele ambiente. A universidade deve ser o lugar do contraditório onde se ouve e se trabalha a argumentação. A adoção dessas ideias vai fortalecer o nosso ofício e a nossa obrigação de formar profissionais tecnicamente qualificados, mas também irá dotá-los de compromisso humano e ético”, concluiu Campos.

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