Experiências em matéria de luta contra a violência de gênero, cultura machista e tráfico de seres humanos foi o tema da apresentação do presidente do Conselho Geral de Colégios Oficiais de Médicos da Espanha, Serafín Romero Agüit. Na conferência, o diretor da instituição médica espanhola destacou que o tema é considerado um problema de saúde pública e apresentou dados sobre violência contra a mulher na Espanha.

Segundo ele, desde 2003, aproximadamente mais da metade (55%) das mulheres assassinadas no país europeu foram mortas pelos parceiros ou ex-parceiros. Além das informações, também ressaltou a importância do médico na percepção de sintomas indicadores de violência sofrida pelas pacientes para apoio às vítimas.Veja aqui a apresentação de Serafín Romero Agüit.

Profissões envolvidas – a responsabilidade das profissões envolvidas em algumas das etapas do tráfico foi abordada pelo conselheiro federal representante de Santa Catarina, Anastácio Kotzias Neto. O médico ortopedista trouxe informações sobre o trabalho realizado no estado sobre o desaparecimento de pessoas, em que 85% das ocorrências são resolvidas. Segundo ele, a agilidade na apuração da denúncia e a integração dos agentes envolvidos é a principal razão para o resultado da atuação da polícia.

Para a solução dos casos, o conselheiro catarinense destacou a responsabilidade do médico no apoio às vítimas. “A grande maioria destas pessoas vai aos serviços de saúde embusca de algum tratamento e de uma maneira velada ou direta reportam a condição de ‘desaparecidas’ a que estão submetidas. Habitualmente estão acompanhadas por algum tutor que as melindram no momento de dizer da situação em se encontram. Se como médicos suspeitamos da possibilidade da existência do fato, e mantemos a confiança junto aos pacientes que buscam pelos nossos préstimos, devemos envidar nossos esforços a minimizar a ocorrência deste grave problema social que é crime”, ressaltou Kotzias. Conheça aqui a apresentação do conselheiro.

Magnitude do problema – As discussões realizadas no primeiro dia do II Encontro Hispânico-Brasileiro foram encerradas com uma palestra sobre tráfico de pessoas sob a forma de colheita de órgãos, adoção ilegal e prostituição. O tema foi apresentado pelo pediatra e 2º secretário do Conselho Federal de Medicina (CFM), Sidnei Ferreira. Ele apresentou dados que apontam a magnitude do problema no Brasil e no mundo, como o registro de 250 mil desaparecidos no país e de 25 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo.

Na apresentação, o conselheiro também apontou estratégias adotadas pelos criminosos para o tráfico de pessoas, como anúncios em revistas para recrutamento de trabalhadores para vagas de emprego no exterior, para o trabalho de modelo e também motorista particular. Chamou a atenção ainda para as metas e propostas para diminuir o número de desaparecidos e de aumentar o número de pessoas recuperadas. Confira aqui a apresentação do pediatra.

Encerramento – Nesta quarta-feira (1), as discussões do Encontro Hispânico-Brasileiro trataram sobre medidas contra o tráfico humano e tráfico de órgãos. Foram discutidos temas como a realidade do tráfico de órgãos na América Latina, o negócio internacional do tráfico de seres humanos, além do papel do médico ante ao tráfico de seres humanos. 

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