RIO – Um pesquisador da Universidade do Kansas acredita que o iPad pode ajudar a melhorar as vidas e perspectivas de crianças com deficiência visual cortical (DVC), uma doença neurológica severa resultante de danos cerebrais e que impede seus portadores de processarem informações visuais.

– Testamos 15 crianças e ficamos absolutamente chocados – disse Muriel Saunders, professor pesquisador assistente da universidade. – Cada uma delas ficou fascinada com o iPad. Crianças que geralmente não olhavam para as pessoas, não respondiam a objetos ou respondiam de forma muito repetitiva, ficaram completamente entretidas com o iPad. Foi uma experiência maravilhosa.

Saunders disse que essas crianças geralmente trabalham com terapeutas e com os pais usando uma caixa de luz, semelhante à caixa de luz de um médico para ver um raio-X. Isto porque elas respondem mais a luzes e a objetos em alto contraste.

– Uma pessoa com DVC vai passar muito tempo olhando luzes – explicou o pesquisador.

Com a tela brilhante, o iPad é uma espécie de réplica de uma caixa de luz – mas sua interatividade, som e cor são muito mais atraentes para as crianças.

Os pais das crianças com DVC foram os primeiros a notar o potencial do iPad como ferramenta terapêutica para seus filhos. A perspectiva de uso do aparelho para esse fim começou a se espalhar pela internet, mas nenhuma pesquisa formal foi realizada ainda.

Uma intervenção precoce em crianças com DVC não é apenas crucial para seu desenvolvimento, mas também pode ajudá-las a ter uma visão melhor à medida em que crescem.

Saunders agora está conduzindo os testes iniciais com iPad em parceria com o instituto Junior Blind of America em Los Angeles.

 Fonte: O Globo

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