A prestação do trabalho médico no Sistema Único de Saúde (SUS), os regimes de contratação e as distorções relacionadas ao financiamento do setor foram os destaques da etapa Norte e Centro-Oeste do I Fórum Nacional da Comissão Nacional Pró-SUS, formada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB). O encontro aconteceu nos dias 14 e 15 de julho, em Cuiabá (MT), com a participação de dezenas de lideranças dos sete estados das duas Regiões.
Nesta etapa, os participantes também colocaram em perspectiva os desafios que envolvem a carreira médica de estado e a remuneração nos serviços de saúde. Foram debatidos ainda a integração da rede assistencial, envolvendo atenção básica, centros de especialidades, urgência e emergência e hospitais de referência.
O coordenador da Comissão Nacional Pró-SUS, Donizetti Giamberardino Filho, representante do Paraná no CFM, explicou que os encontros regionais estão reunindo as contribuições de todo o País para um grande debate no I Fórum Nacional Pró-SUS, programado para os dias 3 e 4 de outubro, em Brasília (DF).
“Nossa expectativa é elaborar, ao final do encontro nacional, um documento que norteará os rumos do movimento médico e balizará as propostas a serem apresentadas aos gestores públicos. Até o momento, o diagnóstico exposto é de que o financiamento é insuficiente e a gestão de recursos ineficaz”, disse Giamberardino.
A organizadora do pré-fórum e também presidente do Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso (CRM-MT), Maria de Fátima Carvalho Ferreira, avaliou que as discussões foram bastante proveitosas. “Os debates foram muito intensos e as diferentes perspectivas sobre o funcionamento do SUS contribuíram de maneira significativa para entendermos melhor os seus desafios”, destacou.
Entre os conferencistas, estiveram o presidente do CFM, Carlos Vital, além dos conselheiros federais Henrique Batista e Silva (SE), José Fernando Vinagre (MT), Mauro de Britto Ribeiro (MS) e Sidnei Ferreira (RJ). Os debates também envolveram os presidentes e representantes dos Conselhos de Medicina das regiões Norte e Centro-Oeste, gestores públicos e representantes do Judiciário.
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