Neiba Ota Cerca de 300 médicos do Hospital Regional (HR) deverão participar na próxima terça-feira, em três horários diferentes, das 6h30min às 9h, das 12h às 14h e das 18h30min às 20h, de assembléia no estabelecimento hospitalar convocada pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (SinMed/MS). A discussão da categoria poderá resultar em indicativo de greve em resposta à revisão salarial proposta pelo Governo do Estado. Sem negociação antecipada com a categoria, segundo o presidente do SinMed/MS, João Batista Botelho Medeiros, o governador André Puccinelli determinou a revisão salarial de 3%. “Com isso, a situação se agrava para os médicos do Hospital Regional, que têm um dos menores salários da categoria da região. Os profissionais possuem hoje salário-base de R$ 854,00 mensais, e o Governo do Estado ofereceu um aumento irrisório de apenas 3%, continuando com uma péssima política salarial”, enfatizou. De acordo com o presidente do sindicato, o ganho de um médico é de R$ 854,00 de salário mais o adicional de R$ 600, e a categoria reivindica R$ 2,2 mil de salário para 12 horas e de R$ 3,6 mil para 20 horas. “Existe a disposição dos trabalhadores para votar pelo indicativo de greve. Os valores oferecidos e os pleiteados estão bem distantes. Estamos desde 2007 tentando conversar com o governador, vínhamos sendo enrolados e ele enviou o projeto de lei com a revisão salarial sem consultar a categoria”, disse. Segundo João Batista, o sindicato adverte que setores do hospital funcionam em situação de risco. “Pois são poucos os médicos que aceitam trabalhar pelo salário que o Governo paga atualmente. O médico que trabalha 12h no plantão é remunerado irregularmente em cerca de 65% a mais do que o médico ambulatorial, o que inviabiliza a atenção básica e a atenção ambulatorial na média complexidade. O sindicato exige do governador, que é médico, respeito à Medicina, e às entidades representativas. Caso isso ocorra, corre o risco de se agravar o caos, inviabilizando o atendimento no Hospital Regional”, ressaltou. (fonte: jornal Correio do Estado – 20.05.2008)

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