A partir de 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, a categoria médica se mobilizará em todo o país, intensificando sua luta em defesa da qualificação da assistência aos pacientes e da valorização do trabalho dos profissionais. O movimento se desdobrará em atividades que protestam contra abusos e omissões que afetam tanto a rede pública quanto suplementar de atendimento. As ações estão sendo organizadas nos estados por comissões compostas por representantes dos conselhos de medicina, associações, sociedades de especialidades e sindicatos médicos.

     No estado de São Paulo, os médicos realizarão um grande protesto contra os planos e seguros saúde. Uma suspensão de atendimentos está prevista para o dia 7. Trata-se de uma reação ao desrespeito dos empresários aos pacientes e aos médicos. Pela primeira vez, outras duas categorias profissionais (fisioterapeutas e cirurgiões-dentistas) comporão o protesto, reforçando a luta pelo acesso pleno à assistência para os pacientes e a valorização do trabalho dos prestadores de serviço.

   No Rio de Janeiro, a categoria promete uma suspensão relâmpago de atendimentos na mesma data. Também foi anunciado um ato público no centro da capital por melhores condições de trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS) e nos planos de saúde. No período do protesto, previsto para acontecer de 10h00 às 14h00, haverá paralisação dos serviços eletivos, sendo mantido os atendimentos de urgência, emergência e oncológicos.

   Essas atividades integram a agenda nacional de mobilização – apoiada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional de Medicina (Fenam) e Associação Médica Brasileira (AMB). A programação nos outros Estados deverá ser anunciada nos próximos dias, a partir das definições das entidades locais. As atividades podem incluir atos públicos, passeatas, ações comunitárias e até suspensão de serviços.

     Os médicos entendem que este é o caminho para chamar a atenção da sociedade e das autoridades para os problemas que afetam a saúde, eleita pelos brasileiros como tema que deve ser tratado como prioridade em 2014. No caso da saúde suplementar, a reivindicação é de composição de honorários, fim da intervenção antiética das operadoras na autonomia profissional e a readequação da rede credenciada, para que seja garantido o acesso pleno e digno dos pacientes à assistência contratada.

     No setor público, os protestos pedem mais recursos para o setor, com reajuste imediato da Tabela SUS e a aprovação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular Saúde+10, que pede a vinculação de 10% da receita bruta da União à saúde (PLP 321/2013). Também é reivindicada a criação de uma carreira pública e a desprecarização do trabalho médico. Os profissionais exigem realização de concurso público com salário adequado; plano de cargos, carreira e vencimentos; maior financiamento para a saúde; melhores condições de trabalho; e atendimento adequado para a população.

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