Acadêmicos e médicos de Mato Grosso do Sul participam até este sábado (27/09) do 2º Congresso Acadêmico de Medicina do CAMGH – CRM/MS, realizado na Assembléia Legislativa, em Campo Grande. O evento, organizado pelo Centro Acadêmico de Medicina Günter Hans e que conta com o apoio do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS), tem este ano o tema “Interfaces da prática médica contemporânea”. Durante a abertura, ontem (26/09), foi debatida a revalidação dos diplomas estrangeiros. O vice-presidente do CRM-MS, Antônio Carlos Bilo (foto), falou sobre a necessidade de unificação urgente das regras para a revalidação dos diplomas e a adoção de um exame nacional. Essas propostas foram consolidadas durante o Fórum sobre Revalidação de Diplomas Estrangeiros, realizado pelo CRM-MS nos dias 27 e 28 de março, em Campo Grande, que deu origem à Carta de Campo Grande – documento com propostas para alterar as normas existentes para a revalidação de diplomas estrangeiros, de modo a incluir um exame nacional e uma prova prática, coordenados pelo Ministério da Educação e aplicados pelas universidades públicas. Bilo defendeu a interiorização da Medicina – e não somente do médico – e enfatizou que o CRM-MS não é contra a atuação dos profissionais formados no exterior, mas não abre mão da comprovação de que têm condições de trabalhar no Brasil. “A formação deles é diferente, pode ser boa para lá, mas aqui é diferente”, afirmou. “Temos que ter cuidado para não termos uma visão xenófoba, queremos que venham, mas temos que acolher a competência”, completou. Foi o que também defendeu o secretário municipal de Saúde da Campo Grande, Luiz Henrique Mandetta. “Muitas mentes brilhantes podem estar lá fora e queremos que venham, mas não podemos queimar etapas”, disse. Mandetta afirmou que os acadêmicos de Medicina devem se mobilizar políticamente na defesa da profissão. “Assim como os pais dos estudantes de Cuba têm uma associação e ficam no Congresso fazendo lobby, os estudantes brasileiros também devem se manifestar”, disse, referindo-se à tramitação, na Câmara Federal, do Acordo de Cooperação Cultural e Educacional entre os governos do Brasil e de Cuba. O médico Luiz Henrique Mascarenhas explicou que a imigração de estudantes para outros países muitas vezes é motivada pelos altos custos para cursar Medicina no Brasil. “Enquanto o estudante gasta em média R$ 900 por mês na Bolívia e R$ 1,3 mil na Argentida, são, em média, R$ 2,5 mil nas universidades particulares brasileiras, o que acaba espantando muita gente”, analisou. Mascarenhas apresentou dados sobre o processo de revalidação de diplomas estrangeiros em três universidades brasileiras, comparando os procedimentos e demonstrando que a ausência de regras unificadas abre brechas à revalidação para médicos não aptos ao exercício da profissão. Atualmente, alunos brasileiros formados em cursos de graduação no exterior precisam validar o diploma em universidade pública do Brasil para que possam exercer a profissão. Esse processo de avaliação varia de acordo com a instituição. Também participaram do debate acadêmicos de Medicina, o assessor jurídico do CRM-MS, André Borges, e o conselheiro Juberty Antônio de Souza. (fonte: CRM-MS – 26.09.08)

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