Rio é um dos estados com mais alto risco para uma epidemia no verão BRASÍLIA. O número de casos de dengue no Brasil aumentou 158% de 2009 a 2010, passando de 304.913 nas 26 primeiras semanas do ano passado para 788.809 no mesmo período deste ano. Destes, 482.284 casos foram confirmados e outros 306.771 estão sob investigação. Ainda foram anotados 9.688 casos graves, sendo 2.271 de dengue hemorrágica e outros 7.417 com complicações. O Ministério da Saúde identificou dez estados, inclusive o Rio, com risco alto de enfrentar uma epidemia. O número de mortes por dengue também subiu 23% este ano em relação a 2009. Somente até 3 de julho, foram notificados 367 óbitos. Em 2009, 298 pessoas morreram por complicações da doença. Para o Ministério da Saúde, o aumento do número de mortes se explica porque houve mudança no tipo do vírus em circulação no país. Até o início de 2009 predominava o tipo 2. A partir daí, passou a circular principalmente o tipo 1, contra o qual a maior parte da população não desenvolveu resistência. O governo está preocupado com a situação e diz ser necessário tomar medidas “imediatas” para evitar que a doença se espalhe. Além do Rio, Bahia, Piauí, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Maranhão, Amapá e Amazonas estão em risco muito alto para a infecção. Nove estados têm risco alto: Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Alagoas. Cinco estados e o Distrito Federal têm risco moderado de epidemia: Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre e Roraima. O único estado livre é Santa Catarina. Já o Rio Grande do Sul tem risco restrito a uma pequena área no centro-sul. Ovo do mosquito sobrevive até um ano Os critérios para aferir a iminência de uma epidemia são número de casos de dengue nos anos anteriores, índices de infestação pelo mosquito, tipos de vírus em circulação, cobertura de abastecimento de água e esgoto e densidade populacional. – É uma questão preocupante. O número de estados com alto risco mostra que medidas de controle têm que ser imediatamente aplicadas e de forma permanente – disse o coordenador nacional do programa contra a dengue, Giovanini Coelho – O ovo do Aedes aegypti, o mosquito transmissor, pode sobreviver por até um ano. Como as chuvas estão prestes a começar na maior parte do país, é preciso intensificar as ações contra o Aedes. É no verão e na umidade que ele se prolifera. Como em 2008 houve epidemia muito forte (com 478 mortes), e em 2009 o contágio não foi tão grave, a população relaxou. Além dos tipos 1 e 2, os mais comuns, em Roraima reapareceu o tipo 4, que não circulava no país há quase 30 anos. Para se preparar para o próximo verão, o governo disse que comprou 100 nebulizadores portáteis, 20 veículos para reforçar a reserva estratégica nacional e 20 equipamentos de aplicação de inseticida, além de 263 mil litros de inseticidas e 3,5 mil toneladas de larvicidas. O número de unidades sentinela para coletar amostras de sangue para exame foram ampliadas de 48 para 66, segundo o Ministério da Saúde. Fonte: O Globo – 03.09.2010

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