O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) vem a público alertar sobre os riscos da oferta da ozonioterapia sem a constatação de sua eficácia e segurança, expondo pacientes a riscos diversos.

O Conselho Federal de Medicina (CFM), em conjunto com outras entidades médicas brasileiras, divulgaram, recentemente, seu repúdio e preocupação com a possível aprovação do Projeto de Lei que autoriza a prescrição da ozonioterapia, destacando riscos como o retardo do início de tratamentos eficazes e já com a devida comprovação, avanço de doenças e comprometimento da saúde.

Esta necessária iniciativa do CFM, que visou o esclarecimento aos médicos e à população em geral, resultou na divulgação de uma nota da Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ), referindo-se ao CFM de modo desrespeitoso, cujo conteúdo difamatório nada contribui para a elucidação do tema em questão. É importante ressaltar que o Conselho Federal de Medicina conta com a outorga de aprovar ou vedar procedimentos médicos no País, como prevê a Lei nº 12.842/2013, e já analisou esse procedimento por meio de Comissão específica. “Na oportunidade, as evidências apresentadas não foram consideradas consistentes, sendo recomendado que a ozonioterapia apenas seja realizada de modo experimental, observando-se as recomendações de protocolos de pesquisa definidos pelo sistema CEP/CONEP”, destacou nota pública do CFM.

O Cremesp também repudia esta atitude intempestiva da ABOZ contra o CFM, que procura a todo custo defender a disseminação deste método de tratamento, que ainda não possui os protocolos de pesquisa que ateste sua eficácia no Brasil.

É lamentável que atos desta natureza aconteçam, pois todas as discussões e aprimoramentos da saúde são e devem ser travados nas devidas instâncias, com rigor técnico e científico, permeados pela respeitabilidade e visando, sempre, a qualidade de vida dos cidadãos.

São Paulo, 20 de dezembro de 2017
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo

Fonte: Cremesp

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