Nadyenka Castro e Renato Lima Sem saber da paralisação dos médicos-peritos do INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social), que teve início nesta quarta-feira, segurados com perícia agendada para hoje, não receberam atendimento e voltaram para casa com uma nova data agendada. É o caso da atendente de enfermagem Rosangela Silva Rocha, 44 anos. A empresa que Rosangela trabalha agendou para a manhã desta quarta-feira uma perícia para ela, que ao chegar ao INSS, ficou sabendo que não seria atendida. O atendimento dela foi remarcado para segunda-feira. Enquanto isso, ela continua sem poder trabalhar. Rosangela fez uma cirurgia e está afastada do serviço há 22 dias. A perícia de hoje seria para avaliar se ela já tem condições de retornar à empresa. Luís Souza Freire, 60 anos, que é de Miranda, também não sabia da paralisação. Luís e a esposa viajaram 212 quilômetros para ele fazer a perícia agenda para esta quarta-feira. Ele conta que recebeu uma correspondência do INSS avisando-o que atendimento médico estava marcado para hoje. No entanto, após pegar senha e esperar sentado para ser chamado, descobriu que não seria atendido. Até o fim da entrevista, Luís ainda não sabia quando seria atendido, mas afirmou que não poderá voltar para Miranda, onde mora. Vai ficar na Capital, na casa de parentes, até a nova data. No INSS, a informação é que todos os segurados com perícias marcadas para as quartas-feiras terão o atendimento reagendado. Paralisação – Os peritos do INSS iniciaram nesta quarta uma paralisação nacional contra a Medida Provisória 441 editada pelo Ministério do Planejamento. A partir de hoje e por tempo indeterminado, não haverá atendimento todas as quartas-feiras. A categoria alega que negociou com o governo a reestruturação da carreira durante 11 meses, no entanto, a MP editada não contém o que havia sido acordado A classe diz que o documento muda o nome da carreira e com isso os servidores perdem benefícios. Se a MP não for reeditada ou tiver emendas, a paralisação semanal pode virar greve por tempo indeterminado. (fonte: jornal online Campo Grande News – 17.09.08)