Uma enquete com 7.520 adolescentes de 13 a 17 anos mostra que apenas 56% dos jovens brasileiros usam camisinha sempre, apesar de 77% deles julgarem a proteção contínua importante. A pesquisa contou com alunos de 20 escolas de São Paulo e Grande São Paulo e envolveu todas as classes socioeconômicas. O projeto foi criado e desenvolvido pelo psiquiatra Jairo Bouer, colaborador do UOL News e conselheiro da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad). Dos adolescentes que dizem utilizar o preservativo sempre, 62% são garotos. Apenas 17% do total de entrevistados dizem usar camisinha quase sempre e cerca de 10% dizem não usar nunca. As principais razões alegadas para não usar a proteção sempre são: “camisinha atrapalha”, “não ter sempre à disposição” e “ter um namoro mais estável”. Entre as garotas, o fator “namoro ” aparece como muito significativo para não se proteger em todas as relações sexuais. Cerca de 60% dos jovens dizem não conversar com seus pais sobre sexo, apesar de cerca de 23% já terem tido relações sexuais completas – 15% com mais de cinco parceiros. A grande maioria (cerca de 70%) tem informações corretas sobre procedimentos para sexo seguro e uso de camisinha, entretanto 61% tem medo de engravidar (cerca de 9% das meninas que já fizeram sexo enfrentaram uma gravidez de fato) e 44% têm medo de contrair alguma doença. Segundo Bouer, a pesquisa mostra que os jovens brasileiros têm informação sobre comportamento sexual de risco, porém abrem mão de proteção, como a camisinha, quando há uma relação que julgam estável. Internet Mais de 11% dos jovens entrevistados já fizeram sexo com alguém que conheceram pela Internet. Essa modalidade aparece com mais freqüência nas pessoas que se consideram tímidas e envergonhadas (chega a 41%), entre os que se dizem insatisfeitos com o corpo, estão ansiosos demais em relação a sexo e não falam sobre o assunto em casa. Confira outros resultados da enquete: – Entre os jovens com mais de 16 anos, 55% já tiveram uma relação sexual completa. Aproximadamente 6% dos entrevistados tiveram ‘a primeira vez’ com menos de 12 anos – 7,4% dos que já fizeram sexo tiveram que enfrentar uma gravidez (entre os que têm mais de 16 anos, esse índice sobe para quase 11%) – 28% abandonariam o uso da camisinha se vivessem uma relação estável – 26,4 % usam bebidas alcoólicas às vezes e 5,5% bebem com freqüência. O número de parceiros sexuais é mais elevado entre aqueles que bebem álcool com freqüência, entre os que fumam e entre os que já experimentaram maconha – Apenas 30% falam tranqüilamente sobre sexo com os pais e 60% falam muito pouco ou nunca falam sobre esse tema com eles – 31,1% não estão, em geral, satisfeitos com seu corpo. Esse índice, entre as mulheres, chega quase ao dobro do índice masculino O projeto teve patrocínio da Abbott e apoio logístico do Grupo Positivo. Fonte: Uol Ciência e Saúde

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