O direito à escolha individual de avaliar e definir os rumos da própria vida, mesmo quando isso remete à questões polêmicas, foi amplamente defendido pela presidente da Sociedade Brasileira de Bioética, Marlene Braz, durante o 1º Congresso de Bioética de Mato Grosso do Sul, esta semana, em Campo Grande. A máxima popular de que “o meu direito termina onde começa o do outro” embasou o debate científico e filosófico sobre assuntos como aborto, eutanásia, tratamento com células-tronco e pesquisas com embriões humanos. “É um diálogo entre a moral e a religião. A sacralidade da vida é uma das qualidades a ser considerada, mas talvez não a única”, disse a médica e pesquisadora, que também é presidente da Sociedade de Bioética do Rio de Janeiro (SBRIO). “Simplesmente dizer não ao aborto, às pesquisas com células-tronco e à eutanásia é autoritarismo. As pessoas devem ter respeitado o direito de escolha”, disse, na última terça-feira (07/10), a uma atenta platéia de profissionais e acadêmicos de diversas áreas. Segundo Marlene, o ponto de partida das discussões que envolvem a pesquisa com embriões é a conceituação do momento exato da geração de uma nova vida, o que é motivo de controvérsias entre cientistas e autoridades religiosas. A pesquisadora informou que dos três mil zigotos congelados que existem hoje no Brasil, somente 30% fecundariam um óvulo, ao serem implantados. “Os outros 2,1 mil não vingariam, teriam que ser descartados. Então por que não poderiam ser utilizados para pesquisas que buscam melhorar a qualidade de vida das pessoas?”, questionou. (fonte: CRM-MS – 10.10.2008)

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