Prestes a dar à luz, elas não conseguem vaga nas maternidades. Enquanto isso, em outras unidades, sobram vagas.
As mulheres grávidas que recorrem ao Sistema Público de Saúde, em Sergipe, estão vivendo momentos de desespero. É que prestes a dar à luz, elas não conseguem vaga nas maternidades e o pior é que tem hospital com leito sobrando. O problema é a desorganização do estado, segundo um relatório do Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremese), que apontou falha na gestão das unidades. A denúncia foi destaque na Tv Sergipe, afiliada da Tv Globo no estado. Confira abaixo a íntegra da reportagem:
As grávidas chegam e não sabem para onde ir, a maternidade fechou porque está lotada.
Mesmo com muita dor, Rafaela não foi atendida. A família correu para outro hospital.

No mesmo dia, em outra unidade, sobram vagas. A denúncia foi feita pelo Conselho Regional de Medicina de Sergipe, que fiscalizou maternidades de Aracaju e do interior do estado. Segundo o conselho, não falta espaço e nem médicos. O problema é a gestão.
Cinco maternidades públicas de Sergipe foram fiscalizadas. Na capital, o conselho encontrou grávidas nos corredores, em condições inadequadas. No interior, duas maternidades funcionavam com metade da capacidade.
Sobre a peregrinação das grávidas, a diretora responsabiliza as equipes de plantão.
“Paciente chegou na unidade hospitalar que no momento não tem condição, ela precisa ser acolhida e ser encaminhada a outra unidade de forma segura e não por meios próprios, ela precisa ser referenciada. A gente sabendo disso, a gente vai solicitar às diretorias dos hospitais que vejam com seus diretores e técnicos essa questão”, disse Márcia Guimarães, diretora técnica da Fundação Hospitalar da Saúde.
A Fundação Hospitalar da Saúde administra os hospitais no estado e informou que a superlotação em algumas unidades é pontual e que só vai diminuir quando forem inauguradas outras duas maternidades públicas, na capital. O problema é que elas estão em obras, ou melhor, estavam porque tudo parou por falta de verba e ainda não existe uma data para retomada e término dessas obras.
A reportagem foi exibida no programa Hora 1, e está acessível em http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/04/gravidas-que-recorrem-ao-sistema-publico-em-se-vivem-o-desespero.html