Mulheres que já tiveram seus filhos ou que ainda estavam à espera do parto atendidas no corredor e na sala de descanso dos médicos. Esse foi o cenário encontrado por médicos da Maternidade Fernando Magalhães, em São Cristóvão, considerada de alto risco, na última sexta-feira (7). O flagrante das condições de atendimento das grávidas foi enviado por profissionais de saúde ao Sindicato dos Médicos do Rio (SinMed). Na ocasião, duas grávidas e uma puérpera estavam acomodadas em sofás nas salas dos médicos, outras duas grávidas no corredor e uma mulher que fez curetagem no centro cirúrgico

     Depois que a direção tomou conhecimento do que estava acontecendo, quatro dessas mulheres grávidas foram internadas no cantinho de relaxamento, que é um local para preparar o parto das grávidas e que só tem cadeiras. É uma situação muito desconfortável para a paciente — disse um médico, que pediu para não ser identificado.

    De acordo com o médico, a Fernando Magalhães tem recebido grávidas de unidades municipais que são administradas pelas Organizações Sociais (OS). Segundo ele, essas unidades têm como meta contratual fazer apenas 30% dos partos cesarianas. Com isso, o atendimento no local é filtrado e casos considerados mais graves são transferidos para a Fernando Magalhães — que não é administrada por uma OS.

    — Esse tipo de atendimento fere a dignidade da pessoa. Hoje, os leitos maternos infantis são insuficientes para atender a demanda, — critica o presidente do SinMed, Jorge Darze.

     A direção do Hospital Maternidade Fernando Magalhães informa que a unidade recebeu na noite de quinta para sexta-feira (do dia 30 para 31) um número de parturientes acima da média para o curto período, com 10 internações. Em virtude da grande e repentina demanda, três puérperas com seus bebês e duas gestantes precisaram ser temporariamente acomodadas nas áreas de descanso da equipe e de relaxamento das parturientes.

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