Renato Lima As denúncias de sabotagem e depredação no HR (Hospital Regional) levantadas pela administração contra funcionários do hospital devem ser investigadas, mas não podem esconder os reais problemas no local, defende o Sintss (Sindicato dos Trabalhadores da Seguridade Social). “O sindicato é completamente contra qualquer atitude de depredação do patrimônio público. Apoiamos as investigações e achamos que a sindicância é o instrumento legal para apurar e punir os verdadeiros culpados”, disse o presidente do sindicato Julio César das Neves. A entidade não confirmou que haja um grupo de trabalhadores com esse intuito dentro do hospital, contrariando a declaração do diretor interino do Hospital Regional e presidente da Fundação de Saúde de Mato Grosso do Sul, José Roberto Paquera, de que “um pequeno grupo” interno seria responsável pelas sabotagens. Para o vice-presidente do sindicato, Cássio Pereira, tratam-se de dois problemas isolados. “Se existe a depredação isso é uma coisa que está sendo investigada, porém não pode mascarar o caos que está o HR”. Caos – de acordo com o sindicato, o maior problema é a substituição de servidores concursados por trabalhadores terceirizados. “A constituição prevê que no atendimento do SUS a terceirização de mão-de-obra seja feita quando houver necessidade e não sempre, como está ocorrendo”, critica Neves. A falta de servidor afeta diretamente a qualidade do atendimento. O Sindicato diz que hoje um enfermeiro é responsável por três setores do hospital, e que antes, era somente por um. Outra crítica é sobre os setores de hemodiálise e hemodinâmica que atualmente estão parados. Unifesp – Todas as críticas do sindicato recaem sobre a Universidade Federal de São Paulo que foi contratada para fazer serviços de consultoria e gestão do HR, gerenciando um orçamento de R$ 2,1 milhões por ano. O sindicato acusa a Unifesp de desvalorizar o servidor. Na opinião do diretor José Roberto Paquera, o hospital passa por um momento histórico de mudanças e melhorias e isso pode estar incomodando alguns “poucos” funcionários que ainda estão resistentes à nova administração. “Estamos seguindo novos rumos e atitudes como desperdícios não serão aceitas. Na segunda-feira encontramos um saco de lixo com roupas escondidas, isso não pode ficar assim”, afirma Paquera. O diretor interino do HR diz que atualmente 15 sindicâncias estão abertas para investigar ações de sabotagem e depredação, e que essas ações não vão impedir o avanço do hospital. “Vamos continuar o trabalho de qualificação do Regional e já iniciamos o trabalho para acabar com a lista de espera para as cirurgias eletivas”. Hoje, cerca de 250 pessoas aguardam na fila por cirurgias eletivas. A direção do hospital pretende realizar todas no prazo de dois meses. Para isso, segundo Paquera, o hospital está entrando em contato com os pacientes (por telefone) e agendando as operações. (fonte: jornal Campo Grande News – 04.06.2008)

Youtube Instagram Facebook
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.