Karine Cortez Até mesmo salas de cirurgia estão sendo utilizadas para internação de pacientes da Santa Casa, que necessitam de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), diante da superlotação que atinge os principais hospitais de Campo Grande. Ontem um paciente que estava sendo submetido a intervenção cirúrgica ia ficar internado no mesmo local apos o procedimento, porque precisava de uma UTI, mas não havia vaga, conforme informou o diretor clínico da Santa Casa, Carlos Barbosa. “É uma sala a menos disponível para cirurgia, mas não temos para onde mandar o paciente”, enfatizou. No total, o hospital dispõe de 14 salas para cirurgia. Ainda de acordo com o diretor, a mesma situação aconteceu anteontem quando outro paciente necessitou de UTI e não havia vaga. Segundo ele, os 85 leitos disponíveis estão constantemente ocupados. No entanto, o diretor é otimista e acredita numa solução a curto prazo com a conclusão de algumas ações que estão ocorrendo na Santa Casa, como exemplo, a implantação de 60 novos leitos de UTI que, segundo ele, devem estar funcionando em 45 dias. “Além disso, temos o hospital do trauma, que deve funcionar num prédio cuja obra estava parada, oferecendo mais 30 leitos. Acredito que essas intervenções vão ajudar muito”, enfatizou o diretor clínico. Na Santa Casa existem 630 leitos, e todos estavam ocupados ontem, e por conta disso 50 pacientes aguardavam vagas no pronto socorro, onde não poderiam permanecer por tempo superior a 24 horas. A dona de casa Creuza Barbosa Batista, 49 anos, está há dois dias no corredor do hospital acompanhando o marido que necessita ser submetido a vários exames para diagnosticar uma lesão no cérebro. “É traumatizante, humilhante, triste e desumano ficar aqui. Neste lugar (pronto-socorro) cada minuto representa uma eternidade e só piora a situação do doente”, desabafou Creuza. A promotora de Justiça da Cidadania, Sara Francisco, também visitou a Santa Casa na tarde de ontem”. (fonte: jornal Correio do Estado – 24.07.2008)

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