Milena Crestani Escolhida no dia 22 de fevereiro deste ano para fazer a gestão profissional da Santa Casa de Campo Grande, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) ainda não começou a realizar os trabalhos no hospital. O prazo determinado pela Justiça para contratação da empresa já expirou. Em dezembro do ano passado, o juiz Dorival Moreira dos Santos, da Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, deu prazo de 90 dias para que a Prefeitura de Campo Grande e o governo estadual contratassem uma empresa para realizar uma gestão profissional na Santa Casa. O prazo para contratação terminou no dia 20 de março. A prefeitura e o governo estadual solicitaram mais 45 dias para firmar o contrato. Entretanto, o prazo terminou novamente no dia 5 e a contratação da Unifesp ainda não foi realizada. O coordenador jurídico da Secretaria de Estado de Saúde, Ivanildo Costa, afirmou que ainda não recebeu pedido da junta administrativa – nomeada pela Justiça pra administrar o hospital – para pedir a prorrogação do prazo novamente. Costa afirmou que a solicitação precisa partir da própria Junta Administrativa, e as secretarias estadual e municipal de Saúde remetem os pedidos à Justiça. “Não recebemos nova solicitação para adiamento, mas como o contrato ainda não foi feito será necessário pedir a dilação do prazo”, afirma. O médico Rubens Trombini, presidente da Junta Administrativa, informou ontem, por meio da assessoria de imprensa, que o acordo com Unifesp ainda está passando por um acerto nas propostas. No entanto, não foi dada nenhuma explicação sobre o prazo estabelecido pela Justiça. O secretário municipal de Saúde Pública, Luiz Henrique Mandetta, também não soube dar informações sobre o andamento do processo e a negociação para contratação da empresa de gestão. IMPASSES O acordo com a Unifesp – instituição escolhida em fevereiro deste ano para fazer a gestão profissional do hospital – ainda não foi definido por causa de divergências no contrato. Uma reunião deve ser realizada nesta semana para discutir o assunto. O procurador de Justiça chefe das Promotorias, Mauri Valentim Ricciotti, que acompanha toda a negociação, disse que foram constatadas divergências na ligação da Sociedade Paulista de Desenvolvimento da Medicina (SPDM) – que iria realizar o trabalho na Santa Casa – e a Unifesp. “Queremos ter a garantia de que todo o trabalho e a gestão profissional serão supervisionados pela Unifesp. Ela foi a instituição escolhida para realizar a gestão”, afirma Ricciotti. Ela disse que a sociedade iria atuar com a interveniência da Unifesp. Outras cláusulas do contrato ainda estão sendo acertadas, mas, de acordo com Ricciotti, os acordos estão ocorrendo dentro do previsto. Ele não soube dar informações sobre o prazo para que o contrato seja efetivado e afirmou que apenas acompanha o processo. A reportagem tentou entrar em contato com o superintendente das instituições afiliadas da Unifesp, Nacime Salomão Mansur. Ele atendeu ao telefone e informou que estava em uma reunião e retornaria a entrar em contato com o jornal. No entanto, a reporttagem não conseguiu falar com ele novamente. O contrato com a Unifesp seria no valor R$ 150 mil mensais e teria validade por dois anos. A Santa Casa está sob intervenção judicial, mas é administrada pela prefeitura e pelo governador do Estado, conforme determinou o juiz Santos no dia 19 de dezembro do ano passado. Antes disso, o hospital estava sob intervenção administrativa da Prefeitura, do Estado e da União desde 2005. (fonte: Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 08.05.2008)

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