Hospital garante que os R$ 2 milhões de convênio com o Ministério da Saúde estão liberados e que maiores pendências estão sendo resolvidas

A Santa Casa deu um passo nesta quinta-feira para se livrar de dívida com a Enersul de R$ 42,3 milhões. Acordo assinado hoje entre a Junta Interventora do hospital, governo do Estado e a concessionária de energia elétrica, permitiu que a conta fosse reduzida para pouco mais de R$ 19 milhões.

Pelo acordo, o maior hospital público do Estado terá 10 anos (120 parcelas) para pagar a dívida, que se arrastava há 11 anos.

O pagamento começa em janeiro do ano que vem e, nos dois primeiros anos, as parcelas, de R$ 159 mil, serão livres de acréscimos. A partir do quinto mês o valor terá “acréscimo de poupança”.

O presidente da junta interventora, Issam Moussa, revelou que outra pendência, dívida de cerca de R$ 4 milhões com a Águas Guariroba, também está sendo negociada e prestes a ter acordo fechado para pagamento de parcelas no valor de R$ 100 mil.

Moussa sinalizou ainda que o hospital solicita empréstimo à Caixa Econômica Federal para saldar aproximadamente R$ 12 milhões em pendências com fornecedores.

Com isto, Issam comemora as contas estarem entrando no “azul” na instituição. “Estamos resgatando a credibilidade e temos a expectativa de fechar o ano com superávit. A dívida era de R$ 67 milhões e estamos pagando”, pontuou, acrescentando que estas pendências eram as principais preocupações financeiras.

Questionado se auxiliaria a Santa Casa no pagamento da parcela do acordo, o governador André Puccinelli (PMDB) brincou. “Já arrumei o desconto, agora deixe eles se virarem um pouco”, disse ao sair do encontro, que também contou com a presença dos secretários de Saúde do município e Estado, Leandro Mazina e Beatriz Dobashi, respectivamente.

Treinamento – Presente na reunião, o vice-presidente da Enersul, Cyro Vicente Boccuzzi, adiantou que a concessionária vai promover treinamento para 2,4 mil funcionários da Santa Casa a fim de dar orientações que gerem economia de energia elétrica.

“Diminuir de um a dois graus a temperatura do ar condicionado, por exemplo, pode representar uma economia entre 5 e 10% na conta”, explica.

Raio-X – Issam Moussa também destacou nesta quinta que, após trabalhos realizados pela auditoria, o patrimônio de bens imobilizados da Santa Casa aumentou de R$ 14 milhões para R$ 80 milhões.

“Enfrentamos dificuldades por ficarmos como maus pagadores”, relata ao comentar que a administração da instituição tem dado prioridade a “fornecedores que são parceiros”.

A Santa Casa tem pelo menos 650 médicos e realiza 2,2 mil cirurgias por mês; 60% dos casos são de ortopedia. “De 10 procedimentos, oito são de acidente de trânsito e todos motociclistas. É uma epidemia”, criticou.

O hospital tem 2,5 mil funcionários e R$ 12 milhões de receita. Moussa garantiu que os R$ 2 milhões referentes ao convênio com o Ministério da Saúde estão “liberados” e que, mesmo assim, o déficit atual ainda fica na ordem de R$ 600 mil por mês.

Fonte: Campo Grande News

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