Daniela Rocha A Santa Casa de Campo Grande pode ter suas dívidas com fornecedores quitadas em sete meses. Essa é a previsão feita pelo médico Cid Pimentel, membro da equipe da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que desde o final do mês passado iniciou a assessoria de gestão profissional no hospital. A instituição foi contratada por R$ 150 mil ao mês para assessora a junta administrativa do hospital na busca por uma gestão eficaz na Santa Casa. O trabalho deve durar dois anos e o custo será pago pelo governo do Estado e Prefeitura de Campo Grande. Pimentel é o responsável pela assessoria que está sendo feita na Santa Casa e ele destaca que, a capacitação dos funcionários do hospital e a melhoria na logística de compra de materiais de consumo são os pontos prioritários. Com relação à capacitação, ainda neste mês devem começar cursos profissionalizantes. Já no que diz respeito à dívida com fornecedores, os valores chegam a R$ 16 milhões, e o hospital tentará conseguir no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um empréstimo. Por conta das dívidas com fornecedores, o hospital não consegue comprar a preços menores, negociar prazos ou ainda realizar pregões para aquisição de material. “O termo de referência ao BNDES está sendo formatado e o banco já sinalizou que a análise deve durar seis meses. Acredito que no sétimo mês de nosso trabalho aqui possamos estar com esse aporte”, diz Pimentel. O médico ressalta que essa é uma solução a médio prazo e, a curto prazo, a intenção é agendar reuniões com os grandes fornecedores para buscar acordos. Porém, segundo Pimentel, nenhuma reunião foi marcada ainda, pois é preciso a participação de todos os órgãos envolvidos na administração da Santa Casa. “O hospital precisa de um saneamento financeiro. Para isso temos o apoio do ministro da Saúde (José Gomes Temporão) que prometeu liberar linhas de apoio e auxílio à Santa Casa”, diz. Pimentel destaca ainda o fato de o diretor do núcleo administrativo da universidade, Samuel Goihman, estar em Brasília (DF) nesta semana, a fim de discutir repasse do MEC para o hospital. “A Santa Casa é um hospital-escola e por isso deve receber apoio do MEC”. Avaliação Em poucas semanas trabalhando no hospital, o médico ressalta que ficou bem impressionado com a qualidade técnica da Santa Casa. “Em 32 anos de experiência conheci diversas instituições e é difícil encontrar hospital com esse nível de atendimento, qualidade e humanização de atendimento assim”. Para Pimentel, apesar de todas as dificuldades financeiras que o hospital enfrenta, ele consegue relizar um atendimento de alta complexidade com qualidade. Porém, ele salienta que a Santa Casa precisa dar atenção também aos atendimentos de média e baixa complexidade. (fonte: jornal O Estado de Mato Grosso do Sul – 11.07.2008)

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