A notícia da morte de um ícone da medicina de Santa Catarina deixou triste a classe médica do Estado. Nesta quarta-feira, 19, aos 83 anos, o mestre Ernesto Francisco Damerau foi vencido por um câncer e deixa órfã uma legião de admiradores.O Conselho Federal de Medicina (CFM) expressa profundo pesar pelo falecimento e presta solidariedade aos familiares.

Nascido em Bom Retiro, Ernesto Francisco Damerau veio para Florianópolis aos dois anos e foi morar no Estreito. Em 1957, formou-se médico pela Universidade Federal do Paraná, de onde saiu para a Residência em Cirurgia Geral no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Em 27/10/1960, recebeu o CRM 283, inscrição que honrou durante os 57 anos em que atuou como cirurgião.

Em 1961, passou a dividir o consultório com o Dr. Léo Mauro Xavier. Trabalhou no Hospital de Caridade e na Faculdade de Medicina, depois se tornou professor da UFSC, cargo que ocupou até completar 70 anos. Destacado professor, dizia que é com os alunos que se aprende. Mas não se cansava de ensinar humildade, humanidade, respeito e compaixão pelo doente.

Teve consultório no antigo prédio da Associação Catarinense de Medicina (ACM), na Jerônimo Coelho. Trabalhou ainda na Colônia Santana, na Colônia Santa Teresa, no Hospital da Polícia Militar e no Hospital Florianópolis. Com outros médicos, constituiu a Gastroclínica, no centro da Capital onde exerceu a clínica privada.

Ernesto Francisco Damerau tem seu nome registrado no Centro de Pequenas Cirurgias da Policlínica Municipal do Continente, em Florianópolis, e por sua destacada atuação, foi merecedor de inúmeras homenagens, como médico, cidadão e professor. Entre as mais recentes premiações recebidas está a Medalha Emílio Blum, distinção da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) dirigida a personalidades da Capital. Também recebeu o “Bisturi de Cristal”, da Academia Mundial de Medicina, de Salzburg (Áustria), em sessão conjunta com o Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Foi, ainda, Membro Emérito da Academia de Medicina do Estado de Santa Catarina.

Além de sua prática médica, o cirurgião foi atuante junto às entidades da sua categoria. Foi, por mais de 10 anos, conselheiro do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC), fez parte da diretoria da Associação Catarinense de Medicina (ACM) e integrou a diretoria do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc). Foi um dos fundadores da Unimed de Florianópolis e membro do Conselho da Reitoria da UFSC.

Deixa esposa, filhas e netos. O velório está ocorrendo na Capela Marfim, no Jardim da Paz, em Florianópolis, e o sepultamento será às 17h30min.

* Com informações do CRM-SC.

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