Servidores do setor administrativo do HU (Hospital Universitário) de Campo Grande denunciam problemas de superlotação, falta de materiais, de medicamentos e até de leitos para os pacientes. Eles alegam que, mesmo com o término da greve, os problemas continuam no hospital. Segundo o presidente do Sista (Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Federais do Estado de Mato Grosso do Sul), Lucivaldo Alves, a superlotação no PAM (Pronto-Atendimento Médico) é constante. “Com ou sem greve os problemas continuam”, afirma. Ele citou que há situações em que faltam leitos e até forro para as camas. Hoje, a reportagem do Midiamax flagrou pelo menos 50 pacientes nos corredores. “Há algumas semanas, um senhor de 80 anos ficou dez dias no pronto-socorro em um colchão de aproximadamente 50 centímetros”, denunciou Lucivaldo. Hoje, outro paciente ocupava a mesma maca colocada no chão do hospital. O maior problema, segundo Lucivaldo, é a falta de profissionais. Hoje o déficit é de aproximadamente 300 profissionais do setor de enfermagem, além de pelo menos 40 médicos. “E ninguém toma providências”, afirma. Segundo Lucivaldo, também há falta de medicamentos no HU. Ele afirmou que, em alguns casos, chega a faltar soro fisiológico, seringas e bandejas para pequenos procedimentos. “Os problemas do hospital não tem relação com a greve”, afirmou. Direção O HU está sem diretor-geral desde a semana passada, quando, alegando desgaste, o diretor Pedro Rippel, que há sete anos estava à frente do HU, pediu afastamento do cargo na última quarta-feira, dia 18. Em entrevista concedida nesta manhã ao Midiamax, Rippel alegou desgaste, problemas pessoais e divergências com a administração para pedir a exoneração. Ele citou que o Hospital já vem sofrendo há anos com os problemas de superlotação, radioterapia — que está parado — e cardiologia. “Vínhamos brigando por uma série de melhorias. O HU como um hospital de ensino tem de oferecer um atendimento de ponta”, afirmou Rippel, complementando que não conseguiu superar todas as dificuldades. Hoje, o teto do HU é de R$ 1,3 milhão mensais, mas, segundo Rippel, seriam necessários R$ 2 milhões para atender as necessidades do hospital. Cerca de R$ 750 mil do total recebido tem destino fixo somente para as empresas terceirizadas que prestam serviço ao hospital. Em relação a denuncia sobre falta de medicamentos, Rippel afirmou que pode tratar-se de casos pontuais ou problemas com a distribuição dos produtos. “Mas muitos materiais como soro são básicos e não tem como faltar”. Rippel citou ainda como um dos problemas do hospital o perfil dos pacientes encaminhados, que necessitam de muito tempo de permanência no hospital. “Alguns pacientes, principalmente idosos, chegam a ficar dois meses no HU”, afirma. Fonte: Midiamax News

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