Foi realizado nesta sexta-feira, 27, na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM) o I Simpósio Internacional de Saúde Ocupacional do Anestesiologista. O evento foi aberto no início da tarde pelo 1º vice-presidente da entidade, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima; o 3º vice, Emmanuel Fortes Silveira Cavalcanti; e o presidente da Sociedade Brasileira de Antestesiologia (SBA), Airton Bagatini; que indicou a necessidade de o encontro analisar estratégias para “cuidar. de quem cuida” e facilitar ao médico anestesiologista a compensação do stress diário da atividade profissional na especialidade, de elevada carga de trabalho.

Os diretores do Conselho pontuaram a sobrecarga de trabalho enfrentada pelo médico brasileiro, causa de stress e fadiga, que trazem risco à saúde dos profissionais. “Temos visto o médico adoecer sistematicamente. Atento a isso, o CFM deverá motivar os CRMs para que adotem as estratégias que forem definidas aqui neste fórum”, afirmou o 3º vice-presidente.

Após a abertura do encontro, o presidente da Confederação Latino-americana das Sociedades de Anestesiologia, Gustavo Calabrese, apresentou a conferência “Responsabilidade Instuitucional sobre a Saúde Ocupacional do Anestesiologista: passado, presente e perspectivas futuras”. Na apresentação, o diretor da entidade demonstrou um estudo sobre a perspectiva histórica que aponta uma preocupação sobre o tema desde o século XIX.

O presidente da Confederação indicou que a sobrecarga de trabalho dos médicos anestesiologistas, que enfrentam com frequência uma carga horária de trabalho de 50 a 70 horas semanas. Entre as consequências da prolongada jornada, Calabrese apontou distúrbios digestivos, gástricos, além dos hormonais, que afetam principalmente as profissionais do sexo feminino.

Outra dificuldade apontada foi o extenso trabalho noturno, que torna o profissional mais susceptível a cometer erros, dado o stress e a fadiga a que são submetidos. Para preservar a saúde do paciente e do anestesiologista e garantir a segurança da atividade, o palestrante tratou ainda sobre as diretrizes para carga horária de trabalho específicas. O documento estabelece uma carga horária máxima de trabalho de 6 horas diárias.

Após a conferência, o evento discutiu temas como dependência química em médicos e também analisará questões como a prevalência da má prática médica e a correlação com a saúde ocupacional do médico, além de processo ético-profissional e possiblidade de interdição cautelar do médico. O evento foi encerrado à noite, com palestra do promotor Público do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Diaulas Costa Ribeiro. A apresentação discutiu a visão do Ministério Público sobre a prática clínica do médico dependente químico.

Fonte: CFM

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